Bombardeio em prisão do Estado Islâmico mata 57 pessoas

Pelo menos 57 pessoas morreram nessa segunda-feira (26), em um provável bombardeio da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos contra um centro de detenção do grupo terrorista Estado Islâmico em Mayadin, no Nordeste da Síria, informou a organização não governamental (ONG) Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). Os ataques aéreos causaram a morte de 42 presos comuns e 15 guardas e prisioneiros da organização, que não descartou um aumento desses números porque há desaparecidos entre os escombros.

O “DeirEzZor24”, uma plataforma independente de notícias que atua dentro da Síria, afirmou em seu site que o número de mortos pode superar os 60.

Segundo o observatório, o local abrigava 100 detentos, entre civis e membros do próprio Estado Islâmico. Antes de ser uma prisão, o espaço era a casa do dirigente da ex-filial síria da Al Qaeda, Abu Abdulla Al Nuaimi, assassinado pelo grupo, que transformou o imóvel.

A ONG acrescentou que, após esse ataque, aviões que provavelmente eram da coalizão voltaram a atacar Mayadin na última madrugada e tiveram como alvo uma base da Brigada dos Falcões do Deserto, vinculada ao Estado islâmico. Nesse ataque, morreu uma mulher que morava vizinha ao quartel, esvaziado pelos extremistas após o ataque à prisão.

O “DeirEzZor24” informou que a prisão fica nos arredores de Al Tiba, perto de Mayadin. Mayadin fica na parte leste de Deir ez-Zor, quase totalmente dominada pela organização.

Fonte: Agência Brasil

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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