Bombardeio em prisão do Estado Islâmico mata 57 pessoas

Pelo menos 57 pessoas morreram nessa segunda-feira (26), em um provável bombardeio da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos contra um centro de detenção do grupo terrorista Estado Islâmico em Mayadin, no Nordeste da Síria, informou a organização não governamental (ONG) Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). Os ataques aéreos causaram a morte de 42 presos comuns e 15 guardas e prisioneiros da organização, que não descartou um aumento desses números porque há desaparecidos entre os escombros.

O “DeirEzZor24”, uma plataforma independente de notícias que atua dentro da Síria, afirmou em seu site que o número de mortos pode superar os 60.

Segundo o observatório, o local abrigava 100 detentos, entre civis e membros do próprio Estado Islâmico. Antes de ser uma prisão, o espaço era a casa do dirigente da ex-filial síria da Al Qaeda, Abu Abdulla Al Nuaimi, assassinado pelo grupo, que transformou o imóvel.

A ONG acrescentou que, após esse ataque, aviões que provavelmente eram da coalizão voltaram a atacar Mayadin na última madrugada e tiveram como alvo uma base da Brigada dos Falcões do Deserto, vinculada ao Estado islâmico. Nesse ataque, morreu uma mulher que morava vizinha ao quartel, esvaziado pelos extremistas após o ataque à prisão.

O “DeirEzZor24” informou que a prisão fica nos arredores de Al Tiba, perto de Mayadin. Mayadin fica na parte leste de Deir ez-Zor, quase totalmente dominada pela organização.

Fonte: Agência Brasil

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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