Bombardeios em cidades que abrigam refugiados em Gaza matam 49 civis

Bombardeios em cidades que abrigam refugiados em Gaza matam 49 civis

Ao menos 49 pessoas morreram após bombardeios de Israel atingirem as cidades de Rafah e Khan Younes na madrugada desta terça-feira, 17. As informações foram reveladas pelo Ministério do Interior de Gaza.

A área está repleta de civis que fugiram do Norte após Israel estipular um prazo de 24 horas para que eles deixassem suas casas e partissem para o sul do território palestino. Muitos destes estavam em Khan Younes, a maior cidade de toda região sul, e outros em Rafah, que é a única fronteira internacional da região fora do domínio de Israel.

Um dos bombeiros foi registrado por uma brasileira que mora em Rafah. Shahed Al Banna estava voltando do mercado ao lado de outro cidadão brasileiro, Ahmad El Ajrami, quando se deparou com o bombardeio pelo céu da cidade palestina.

Em comunicado, o escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) informou que o cerco de Israel à Faixa de Gaza e a retirada de civis do Norte pode configurar uma violação ao direito internacional. “Estamos preocupados que esta ordem, combinada com a imposição de um cerco completo a Gaza, possa não ser considerada uma evacuação temporária legal e, portanto, equivaleria a uma transferência forçada de civis, em violação do direito internacional”, disse Ravina.

Segundo o porta-voz do escritório, Ravina Shamdasi, Israel não realizou nenhum tipo de esforço para garantir que os civis deixassem suas casas em segurança e com garantia de acomodações adequadas, higiene, saúde e alimentação. Além disso, a “transferência forçada de civis” é considerada crime e pode ser punível pelo Tribunal Penal Internacional.

Ataques ao Hamas

Outros dois ataques das Forças de Defesas de Israel foram registrados nesta terça-feira, 17, contra bases militares do Hamas, na Faixa do Gaza, e do Hezbollah, no Líbano. O ataque marcou o início do 11º dia de conflito no Oriente Médio, que já registrou mais de 4 mil mortos.

Segundo Israel, os alvos na Faixa do Gaza eram militares do Hamas e um banco usado pelo grupo para financiar “ataques terroristas”. Já no Líbano, os ataques foram conduzidos contra o Hezbollah em respostas aos bombardeios que atingiram Israel na última segunda-feira, 16.

Conflito

O conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas começou no dia 7 de outubro, quando o Hamas atacou a fronteira da Faixa de Gaza, com 5 mil foguetes. No mesmo dia, o governo israelense lançou bombas em direção à Faixa de Gaza, atingindo civis palestinos.

Até o momento, há mais de 4,2 mil pessoas mortas, 2,8 mil na Faixa de Gaza e 1,4 mil em Israel. Entre os mortos há pessoas de diversas nacionalidades: Brasil, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Tailândia, Nepal, Camboja e Paraguai.

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Rússia cumpre ameaça e realiza ataque massivo contra a Ucrânia

Na noite de 13 de dezembro, a Rússia cumpriu sua promessa e lançou um novo ataque generalizado contra a infraestrutura energética da Ucrânia. Essa ação forçou as autoridades ucranianas a implementar cortes de energia emergenciais em todo o país.

“O inimigo continua seu terror. Mais uma vez, o setor de energia em toda a Ucrânia está sob ataque maciço,” escreveu o ministro de energia ucraniano, German Halushchenko, em sua página oficial no Facebook. Halushchenko ainda não esclareceu a extensão dos danos, mas aconselhou as pessoas a permanecerem em abrigos.

As ruas da capital, Kiev, permaneceram em grande parte vazias na manhã de 13 de dezembro, quando a força aérea ucraniana emitiu um alerta de ameaça de mísseis balísticos e de cruzeiro que podem atingir partes do país. A Ukrenergo, operadora da rede de energia da Ucrânia, explicou que estava introduzindo cortes de energia em todo o território.

Nos últimos meses, as forças de Moscou intensificaram os bombardeios no território ucraniano, deixando o país em uma posição precária. No mês passado, o presidente russo Vladimir Putin ameaçou atacar a Ucrânia novamente com um novo míssil balístico nuclear, após uma ofensiva generalizada à infraestrutura de energia que deixou mais de um milhão de famílias ucranianas sem energia.

O mais recente ataque da Rússia ocorreu após Moscou prometer, na quinta-feira, 12, responder a uma investida de Kiev em uma cidade no sudoeste do território russo. O Kremlin alegou que a ação da Ucrânia envolveu seis mísseis balísticos ATACMS fabricados pelos Estados Unidos.

O governo ucraniano reconheceu que fez “acertos tangíveis em alvos russos” na quarta-feira, 11, incluindo instalações militares e de energia, mas não detalhou que tipo de mísseis foram usados.

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