Bombeiro aposentado condenado por homicídio de policial penal negro – Diário do Estado

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O Diário do Estado relata que o bombeiro aposentado Naire Assis Ribeiro foi condenado a 17 anos de prisão pelo homicídio do policial penal negro Wallysson Alves dos Santos Guedes. O crime ocorreu em um bar no bairro Santa Tereza, na região leste de Belo Horizonte, em fevereiro de 2024. Durante o julgamento no Tribunal do Júri da cidade, o réu foi considerado culpado de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima.

Em seu depoimento, o bombeiro alegou ter discutido com a vítima após questionar sua identificação como policial no bar. Após sair do local e ligar para o 190, ele retornou armado e afirmou ter atirado ao ver o policial puxar uma arma. Ribeiro ainda declarou que pretendia se entregar, mas foi preso em casa antes disso, resultando em sua condenação a 17 anos de prisão, conforme a decisão do júri.

O Ministério Público apresentou denúncia alegando que o bombeiro, insatisfeito com a presença armada e a identidade policial da vítima, colocou em risco a vida de outras pessoas no bar ao efetuar os disparos. Os promotores também citaram a intolerância racial como um dos motivos pelo qual o réu agiu de forma violenta contra um homem negro. O chamado feito pelo acusado ao 190, solicitando a presença da Polícia Militar, também foi utilizado como prova contra ele.

A justiça absolveu o réu da acusação de discriminação racial, mas confirmou sua condenação por homicídio duplamente qualificado. O bombeiro aposentado foi considerado culpado pelo júri por agir de forma torpe e impedir qualquer possibilidade de defesa por parte da vítima. O caso chocou a população e repercutiu amplamente, levando o acusado a enfrentar as consequências legais de seus atos perante a lei.

O Diário do Estado destaca que a morte do policial penal Wallysson Alves dos Santos Guedes às mãos do bombeiro Naire Assis Ribeiro em fevereiro de 2024 foi um triste exemplo de violência e intolerância racial. O caso reforça a importância do combate ao racismo estrutural e da punição aos responsáveis por atos de discriminação e violência. A condenação do réu a 17 anos de prisão serve como um lembrete da gravidade desses comportamentos e da necessidade de justiça para as vítimas e suas famílias.

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