Bombeiros já retiraram 59 jacarés em lagoa de Porangatu

Todos os 59 jacarés capturados foram através de uma operação realizada desde de outubro de 2021 com apoio da prefeitura da cidade.

Equipes do Corpo de Bombeiros Militar do estado de Goiás (CBMGO) de Porangatu estão intensificando operações com o objetivo de capturar jacarés na orla da Lagoa Grande, um dos principais endereços de lazer do município. Desde outubro de 2021, mês em que a operação começou, 59 animais já foram retirados.

A ação é realizada em apoio à prefeitura da cidade, que solicitou ajuda do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A iniciativa foi tomada após moradores perceberem grande quantidade de jacarés saindo da lagoa e andando pelas ruas da cidade. Essa situação é mais recorrente no período chuvoso.

O trabalho dos bombeiros consiste em retirar os animais e soltá-los em rios da região. Somente neste inicio de 2022, 34 répteis já foram tirados do local. Para evitar acidentes com frequentadores da Lagoa Grande, a operação continuará até que todos sejam retirados da orla.

Jacarés são nativos e habitantes da lagoa

Nativos da região e habitantes há décadas da lagoa, os jacarés são animais selvagens e podem atacar pessoas ao se sentirem ameaçados. O caso mais recente, foi o de uma criança de um ano e oito meses atacada por um jacaré no dia 23 de junho de 2021.

Segundo informações, a criança estava com um adulto por volta das 10h, nas margens da lagoa, quando um jacaré de médio porte mordeu seu braço direito. A mordida ocasionou fratura em dois ossos, entre o cotovelo e o punho, além de uma laceração. A vítima teve que amputar o membro.

De acordo com a assessoria de comunicação dos bombeiros, o lago é onde mais há jacarés na cidade. Estima-se que 150 vivam no local. O órgão também orienta a não alimentar e maltratar os jacarés. Quando avistarem algum nas ruas da cidade, o certo é manter a distância e acionar a corporação pelo telefone de emergência 193.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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