Desde 1954, comemora-se anualmente em 2 de julho o Dia do Bombeiro Brasileiro. Uma das instituições públicas mais confiáveis no cenário nacional, o Corpo de Bombeiros tem como principal enfoque salvar vidas. Assim como em todo o território brasileiro, Goiás também conta com um importante trabalho dessa galera muito especial.
O prestígio do bombeiro
Há dois séculos, a profissão de bombeiro nasceu com o propósito de apagar incêndios. Com o tempo, tornou-se muito mais do que isso. Resgates de animais e crianças, salvamentos em acidentes e afogamentos, auxílio em desaparecimentos e várias outras funções fazem parte do cotidiano desses profissionais.
A preservação da vida é uma das bases do Corpo de Bombeiros. Para se ter ideia, um major de São Paulo já evitou 57 suicídios, por meio de técnicas e estudos específicos. Voltando os olhos para o estado de Goiás, o prestígio é uma das principais marcas.
“Sinto gratidão e reconhecimento dos adultos e muita admiração por parte de algumas crianças que também se mostram vocacionadas à missão de contribuir para o bem da sociedade, através das ações realizadas pelos bombeiros”, descreve Juliano Borges Ferreira, de 44 anos, que atua em Goianésia.
Natural de Ituiutaba (MG), ele está na corporação há 19 anos e cinco meses, sempre motivado pela missão de salvar vidas.
“Ser bombeiro em Goiás é extremamente gratificante e revigorante porque temos a oportunidade de contribuir no sentido de amenizar dores e aflições. Muitas vezes, até figurar como instrumento de Deus na nobre missão de salvar vidas, além de proteger o meio ambiente e o patrimônio público e privado. Importante ressaltar também que nós bombeiros militares de Goiás somos muito bem reconhecidos pela sociedade e governo goiano, social e financeiramente, na minha opinião”, relata.
Segundo uma pesquisa do Instituto Ranking Brasil, realizada em 2021, as instituições públicas e civis mais confiáveis do País são o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Assistência Médica de Urgência (Samu), com 25,10%.
Experiências, qualidades e desafios
Apesar de ser uma profissão nobre, um bombeiro está longe de ter a vida fácil. Na entrevista para o DE, Juliano conta que já participou de muitas ocorrências impactantes de busca e resgate de pessoas em afogamentos. Contudo, uma delas se destaca entre as demais.
“A mais dolorosa foi a de um resgate subaquático de sete membros, entre crianças e adultos, que perderam suas vidas. Era uma família que ocupava uma embarcação que naufragou no Lago Corumbá, no ano de 2014. Na condição de Comandante de Operações, ressalto a atuação da Corporação em que podemos sentir nos semblantes das pessoas afetadas – a esperança, a fé e a gratidão quando nos engajamos para amenizar suas dores e dificuldades”, diz.
Apesar das dificuldades, Juliano deixa bem claro que há um treinamento intenso para isso. “Somos extremamente versáteis para atuar nas mais diversas situações, tais como: resgate pré-hospitalar, salvamentos (em altura, terrestre e aquático), desencarceramento de vítimas presas em ferragens, retirada de pessoas presas em ambientes confinados, captura e contenção de animais, extinção de incêndios, além de inúmeras ações de cunho fiscalizatório”, conclui.