O Botafogo emitiu uma nota oficial na terça-feira (9/12) revelando que foi condenado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) a quitar o montante total da aquisição de Thiago Almada do Atlanta United em julho de 2024. Desta forma, o clube brasileiro terá que desembolsar US$ 21 milhões, equivalente a cerca de R$ 114 milhões, ao time norte-americano, sob ameaça de uma possível sanção de transfer ban pela FIFA, que impede o registro de novos jogadores até que a situação seja regularizada. O Atlanta United reivindica na FIFA o recebimento das duas primeiras parcelas da negociação de Almada, originalmente programadas para julho e setembro de 2024. Apesar da FIFA ter exigido o pagamento integral, o Botafogo interpôs recurso. O Botafogo argumenta que o Atlanta solicitou que Almada renunciasse aos 10% dos direitos que lhe cabiam conforme o regulamento da MLS, condição não aceita pelos agentes do jogador argentino. Para prosseguir com o acordo, acordou-se que a Eagle compraria esse ‘crédito’ de US$ 2,1 milhões e posteriormente buscaria o reembolso desse valor junto à MLS. O Botafogo está pleiteando judicialmente estes 10% nos tribunais dos Estados Unidos, enquanto o Atlanta United recorreu à FIFA. Ademais, o clube norte-americano apresentou na FIFA um documento indicando que o pagamento da transação deveria ser realizado até junho de 2026, mas o Botafogo alega que o acerto seria efetuado ao longo de quatro anos. Na mencionada nota oficial, o Botafogo comunicou que John Textor apresentou propostas de financiamento aos demais acionistas da Eagle Football para cobrir os valores pendentes na FIFA, garantindo ter os recursos necessários para estes compromissos. Segue a íntegra da nota oficial do Botafogo: O Botafogo, representado pelo escritório Bichara e Motta Advogados, recebeu nesta terça-feira (09/12) a decisão da CAS que obriga o clube ao pagamento integral da transferência de Thiago Almada do Atlanta United. Reafirmando seu compromisso com a transparência, o clube informa que tomará todas as medidas legais cabíveis no caso. É relevante destacar que John Textor, acionista majoritário da SAF Botafogo, propôs financiamento aos acionistas da Eagle Football Holdings para quitar todas as dívidas do Botafogo com a FIFA e garantir recursos para contratações na janela de transferências de janeiro e para a temporada de 2026. Textor garante ter os recursos necessários e aguarda a cooperação e aprovação dos orçamentos por um conselho da Eagle favorável e colaborativo.
