Botafogo quebra tabu em finais da Libertadores e conquista título inédito. Confira!

Título do Botafogo quebra tabu em finais de Libertadores. Confira

Foi a primeira vez em finais brasileiras que o clube de pior campanha sagrou-se
campeão da Libertadores

O Botafogo conquistou a tão sonhada Copa Libertadores da América. O
título inédito veio neste sábado (30/11), contra o Atlético-MG,
no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, após o Glorioso vencer por 3 x 1.

Além da grandeza de conquistar a América, o título do Glorioso encerrou um tabu
na competição. Anteriormente, em todas as finais de Libertadores entre
brasileiros, o time que detinha a melhor campanha saiu campeão.

Em 2024, o Galo foi o detentor da segunda melhor campanha da fase de grupos, com
15 pontos, apenas um atrás do River Plate. O clube mineiro liderou o grupo G,
enquanto o Botafogo, com 10 pontos, passou na vice-liderança do grupo D.

2005

Na edição de 2005, a grande final foi entre São Paulo e Athletico-PR, que
terminou com o título do clube paulista por 5 x 1 no placar agregado. Na
ocasião, o Tricolor Paulista terminou a fase de grupos como líder do grupo C com
12 pontos conquistados.

Enquanto isso, o time paranaense foi o vice-líder do grupo A com 10 ponto, que
terminou com o Independiente Medellín no topo com a mesma pontuação, mas com
saldo de gols superior.

2006

No ano seguinte, o São Paulo voltou a jogar a grande final da Libertadores. No
entanto, dessa vez, saiu derrotado pelo Internacional de Rafael Sóbis e
Fernandão.

Na fase de grupos, o Colorado liderou o grupo F com 14 pontos. O Tricolor
Paulista também terminou em 1º no grupo A, mas com 12 pontos, sendo assim, o
clube do Sul decidiu a competição jogando diante de seu torcedor.

Na final, o Internacional bateu o São Paulo por 2 x 1 jogando no Morumbi. No
duelo da volta, Colorado chegou a abrir 2 x 0 no placar, mas tomou o empate. Com
o 4 x 3 no placar agregado, o clube do Beira-Rio conquistou a América.

2020

Na ocasião, a final da Libertadores foi decidida em meio a pandemia entre
Palmeiras e Santos, no Maracanã. Com gol no último lance de Breno Lopes, o
Alviverde conquistou a América pela segunda vez.

Palmeiras e Santos lideraram seus respectivos grupos, ambos com 16 pontos.
Porém, o Alviverde teve a melhor campanha pois teve 15 gols de saldo, contra
apenas cinco do rival.

2021

A final de Montevidéu foi marcada pela histórica escorregada de Andreas Pereira
aproveitada por Deyverson, que marcou o gol do tricampeonato do Palmeiras.

Mantendo a tradição, o Alviverde, que foi líder do grupo A com 15 pontos na
conta, bateu o Flamengo, que também terminou no topo do grupo G, mas com três
pontos a menos.

2022

Após perder a Libertadores anterior, o Flamengo voltou para a decisão em 2022 e,
com gol de Gabigol, entrou para o grupo dos tricampeões do continente em duelo
contra o Athletico-PR.

O Rubro-Negro Carioca foi soberano na fase de grupos, onde esteve no H,
garantindo a liderança com boa vantagem para o 2º. O clube do Rio de Janeiro
contabilizou 16 pontos, contra 11 do Talleres.

Já o Furacão esteve no grupo B, terminando a fase em 2º lugar com 10 pontos. O
Libertad, líder, teve a mesma pontuação, levando a melhor pelo saldo de gols.

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Prova forjada por PMs em caso Gritzbach: delegados suspeitam de munições plantadas

Delegados veem prova forjada por PMs contra presos do caso Gritzbach

“A Rota fez uma lambança, isso acaba com a investigação”, diz uma autoridade
ligada à força-tarefa que investiga o assassinato de Gritzbach

DE — Durante a prisão de dois suspeitos
de envolvimento na morte de Vinícius Gritzbach
na última sexta-feira (6/12), a apreensão de uma sacola com dezenas de munições
de fuzil
levantou suspeitas sobre os policiais militares da Rota que atuaram na ocorrência. Para
delegados e autoridades ligadas à investigação do assassinato, as munições foram
“plantadas”.

A suspeita, levantada pelo advogado dos presos, causou preocupação na cúpula da
força-tarefa montada para investigar a morte de Gritzbach. O coordenador do
grupo, o secretário-executivo da Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves,
chegou a consultar colegas sobre a alegação de que câmeras de segurança teriam
flagrado os PMs colocando a sacola no carro dos suspeitos.

A avaliação foi a de que submeter o caso à corregedoria da corporação poderia
ser precipitado e que seria melhor aguardar a eventual divulgação das imagens,
diante da possibilidade de que o advogado esteja blefando. Até esta terça-feira
(10/12), nenhum vídeo foi divulgado.

Os presos, Marcos Henrique Soares Brito Soares, de 23 anos, e seu tio Allan
Pereira Soares, de 44, foram liberados na audiência de custódia. A Justiça
avaliou que não havia elementos para sustentar a versão dos PMs.

Segundo a investigação, Marcos teria levado para o Rio de Janeiro Kauê do Amaral
Coelho, apontado como o olheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) que alertou os atiradores sobre a
chegada de Vinícius Gritzbach no Aeroporto de Guarulhos momentos antes do
assassinato.

Os policiais foram até o endereço do suspeito e encontraram um veículo
destrancado, que pertencia a Allan. Questionado pelos PMs, o homem ligou para o
sobrinho, que foi até o local.

“Como é que um cara ligado ao PCC teria ido
voluntariamente até o local, sabendo que o carro tinha munição de fuzil e que os
policiais da Rota estavam lá?”, questionou uma autoridade ligada à investigação,
em conversa reservada com o Metrópoles.

“A Rota fez uma lambança, essa é a verdade. Esses caras presos são o ‘cavalo do
cavalo do olheiro’. […] É o jeito da ‘gloriosa’ trabalhar. O cara mete um tufo
de munição em um, um tufo de munição em outro. Isso acaba com a investigação. O
Judiciário não é tonto, ele sabe o que acontece”, acrescenta a fonte policial.

Para a autoridade, a postura dos PMs acusados de plantar a sacola de munição
pode estar ligada à pressão sobre a corporação diante da sequência de episódios
de violência registrados na última semana. O governador do estado, Tarcísio de
Freitas (Republicanos),
admitiu que há uma crise na Polícia Militar e que os agentes precisam de mais
treinamento.

O Metrópoles questionou a Secretaria da Segurança Pública (SSP) sobre a acusação. Até o momento da
publicação, não houve retorno. Um coronel da Polícia Militar ouvido pela
reportagem minimizou a possibilidade.

Na decisão que determinou a liberação de Marcos e Allan, a juíza Juliana Pitelli
da Guia afirma que “se houvesse algum indício de envolvimento de Marcos e Allan
com o gravoso crime de homicídio em questão”, “certamente” a autoridade policial
os teria incluído no pedido de prisão contra acusados.

“Nada veio ao auto de prisão em flagrante para confirmar a versão registrada”,
diz a magistrada. Ela acrescenta que, sendo assim, “cumpre reconhecer a
ilegalidade do ato”.

Na noite dessa segunda-feira (9/12), a Polícia Civil prendeu mais um suspeito de envolvimento no
crime. Matheus Augusto de Castro Mota foi encontrado por agentes do Departamento
Estadual de Investigações Criminais (Deic) escondido em um apartamento no bairro
Canto do Forte, no município de Praia Grande, litoral paulista.

Ele foi levado para o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP),
responsável pela investigação.

Matheus é acusado de emprestar os dois carros usados na fuga: um para o olheiro
Kauê do Amaral Coelho e outro para os atiradores de Vinícius Gritzbach.

Antônio Vinicius Lopes Gritzbach voltava de uma viagem com a namorada quando foi
executado na tarde de 8 de novembro, na área de desembarque do Terminal 2 do
Aeroporto Internacional de São Paulo. Ele foi morto com tiros de fuzil. Câmeras
de segurança registraram o momento em que os atiradores descem de um carro preto
e executam o empresário.

De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MPSP),
Gritzbach foi jurado de morte pelo PCC porque teria mandado matar dois
integrantes do grupo criminoso, Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como
Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, motorista de Anselmo. Na
denúncia, o MPSP diz que o empresário mantinha negócios na área de bitcoins e
criptomoedas.

O governo anunciou a criação de uma força-tarefa para apurar o assassinato no
aeroporto no dia 11 de novembro. O grupo conta com representantes da Polícia
Civil, Polícia Militar e Polícia Científica. Entre eles, Osvaldo Nico Gonçalves;
Ivalda Oliveira Aleixo, diretora do DHPP; e Pedro Luís de Sousa Lopes, do Setor
de Inteligência da Polícia Militar.

Além de integrantes do PCC, também estão na mira da força-tarefa policiais
militares e civis. No momento da execução, um grupo de PMs era encarregado de
fazer a segurança privada de Gritzbach.

Três deles, no entanto, estavam em um posto de gasolina próximo ao aeroporto
quando o ataque começou, supostamente por causa de problemas mecânicos em uma
das caminhonetes usadas no transporte do grupo. Oito policiais militares foram
afastados de suas funções por trabalharem com o empresário delator do PCC.

No caso dos policiais civis, as suspeitas giram em torno de agentes citados por
Gritzbach em sua delação premiada ao Ministério Público de São Paulo. Na
delação, o corretor acusou policiais civis que atuavam no DHPP de extorqui-lo
para livrá-lo da investigação sobre a morte de Cara Preta. Em 31 de outubro,
oito dias antes de ser morto, Gritzbach prestou depoimento à Corregedoria da
Polícia Civil e reafirmou as acusações.

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