Botafogo traça metas com redução de 30% na folha salarial em 2026

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Com o pé no freio, Botafogo calcula redução de 30% na folha salarial do elenco
em 2026

SAF inicia planejamento da próxima temporada sem perspectiva de novos investimentos e estuda contenções após gastos considerados altos em 2025

“Textor é o principal culpado por ter destruído o 2025 do Botafogo”, analisa Pedro Dep [https://s04.video.glbimg.com/x240/14018803.jpg]

Com esforços para manter a competitividade do time em um ano frustrante, o Botafogo [https://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/] traça metas para a próxima temporada com os pés no chão – e no freio. A SAF de Botafogo calcula redução da folha salarial do elenco em ao menos 30% para o ano que vem. O ajuste para 2026 tem a ver com a imprevisibilidade de orçamento para a sequência do projeto do Botafogo. Nesta semana, o CEO do Botafogo, Thairo Arruda, disse que precisaria de investimento de R$ 350 milhões em 2026 – dinheiro que pode vir de vendas e também de investimento externo. É neste contexto de “vitrine” que se justificou a liberaração do meia argentino Álvaro Montoro e do colombiano Jordan Barrera para a disputa da Copa do Mundo sub-20, por suas respectivas seleções.

Após a reunião no Conselho Deliberativo, que provocou insegurança interna sobre o futuro próximo, Thairo Arruda explicou ao ge algumas falas do encontro. — O caixa que a gente precisa depende do planejamento para 2026, que está sendo discutido agora. Depende do apetite do investidor. Depende de como a gente vai construir o plano do que vem que ainda está sendo discutido. É muito difícil falar qual é a dificuldade de caixa do Botafogo quando se tem essas discussões em andamento. Eu dei um número porque gosto de dar respostas precisas: “olha, algo em torno de R$ 350 milhões entre venda de atleta e dinheiro de investidor é um bom número para o ano que vem”. De novo, não sou eu que decido isso – comentou Thairo.

Dentro da tentativa de fomentar receitas, para ajudar a oxigenar o fluxo e valorizar jovens talentos, o clube também negociou, entre empréstimos e liberações gratuitas com manutenção de direitos econômicos, diferentes jogadores. Entre eles, Kauê ao Porto, Kayke ao Fortaleza, e Yarlen ao Tondela. Patrick de Paula, Rwan Cruz e Elias Manoel também foram emprestados. O Botafogo ainda não sabe se estará da Libertadores em 2026. O atual campeão, no momento, ocupa a quinta colocação no Brasileirão, a seis pontos de distância do G-4, que garante classificação direta à fase de grupos.

Internamente, entende-se que os ajustes são necessário também pelos altos valores de contratações que não responderam positivamente ao longo da temporada. A tendência é que o clube passe por uma reformulação de perfil e não faça novos altos investimentos até possível mudança de cenário – por exemplo, de acordo com o “apetite do investidor”, para usar as palavras do CEO do Botafogo. No início do ano, processo semelhante aconteceu logo após as conquistas da Libertadores e da Copa do Brasil. A diretoria optou por não renovar com atletas de salários altos, mas que não vinham sendo titulares ou recebiam poucos minutos. Houve, assim, um processo de rejuvenescimento do elenco que, por consequência, reduziu os vencimentos mensais naquele momento. Nessa reestruturação, porém, houve a contratação de 19 novos atletas, que se juntaram a nomes importantes remanescentes da temporada anterior. Isso ocasionou um inchaço nos vencimentos mensais.

Ao longo da temporada também ocorreu a venda de diferentes atletas, como o goleiro John, o zagueiro Jair, o volante Gregore e o atacante Igor Jesus, todos titulares, o que liberou parte do orçamento.

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