Botafogo vs. Palmeiras: Análise da Postura Fracassada e Eliminação na Copa do Brasil

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Análise: Paiva fracassa em meta que estabeleceu, e Botafogo sai da Copa com postura frustrante

Treinador não consegue alcançar seu objetivo de fazer o time ter mais controle de bola, e Alvinegro ameaça pouco a equipe paulista nas oitavas de final da Copa do Brasil

Renato Paiva resume sentimento após eliminação do Botafogo: “Orgulho”

Na entrevista coletiva na véspera do jogo contra o Palmeiras, o técnico do Botafogo **[https://de.globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/]**, Renato Paiva, afirmou diversas vezes que treinou e esperava seu time “com mais posse de bola” em relação às partidas contra PSG e Atlético de Madrid. Em campo, o que se viu no sábado, na Filadélfia, foi muito diferente. Um time com uma postura basicamente oposta à meta estabelecida por seu treinador.

O Botafogo adotou um comportamento defensivo e, nos poucos momentos em que teve a bola, não conseguiu manter uma posse efetiva, ao contrário do que ocorrera nos confrontos com os times europeus.

— Eu espero que o Botafogo seja equilibrado e completo. Analisando o torneio, falta um pouco controlar a bola. Quero melhorar para o jogo de amanhã, ter mais bola para tentar conseguir o Palmeiras. Espero uma equipe completa — afirmou Paiva na sexta-feira.

A postura não passou somente por ter atuado com três volantes — mesma formação usada (e elogiada) contra os times europeus —, mas também pelas atuações individuais e pela forma como o coletivo se comportou para reagir à marcação do Palmeiras.

O início de jogo, principalmente, foi muito ruim. O Botafogo mais destruiu do que construiu. E mesmo a postura para desarmar era bem diferente do adversário. Quando perdia a bola, especialmente no primeiro tempo, o Palmeiras não dava respiro aos jogadores alvinegros. Mordia imediatamente e muitas vezes tomava a bola rapidamente.

Já o Botafogo permitia a troca de passes dos palmeirenses e não demonstrava a postura esperada por seus torcedores. O jogo dos três volantes explica muito a atuação ruim. Sem Gregore, a responsabilidade de atuar ao lado dos zagueiros para iniciar a construção ficou com Allan e Marlon Freitas.

Dessa forma, um dos dois meio-campistas sempre precisava recuar mais do que o normal para pegar a bola — consequentemente, o time perdeu um homem na fase de criação no círculo central.

A atuação na reta final do primeiro tempo melhorou quando Allan se juntou mais à direita, fazendo tabelinhas com Artur e Vitinho e conseguindo furar a defesa do Palmeiras. Não houve sucesso nas invasões na área para cruzamento.

O Palmeiras foi mais incisivo no segundo tempo. Mais forte no ataque, o clube paulista parou em boas defesas de John para não abrir o placar. No lado do Botafogo, a estratégia não mudou: apenas sobreviver e esperar o tempo passar. Parecia um tique-taque para o gol adversário.

Em jogos grandes, geralmente o detalhe decide. No caso, foi um lance individual de muita felicidade de Paulinho. Por mais méritos do Palmeiras, o resultado passa muito pela postura do Botafogo. Ou pela falta dela.

O time só tentou atacar após o placar adverso. Fazer em 15 minutos o que não conseguiu em 105. Bateu com a cara na porta, é claro. Pressionou muito, mas sem sucesso. Já era tarde.

A campanha do Botafogo na Copa do Mundo de Clubes tem muitos méritos, mas o desempenho contra o Palmeiras lembrou mais um time com medo de perder do que um com vontade de ganhar.

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