Braga Netto ameaça eleições se exigências de Bolsonaro não forem cumpridas

Braga Netto

“Não tem eleição”. Utilizando esta frase, o general Walter Braga Netto (PL), pré-candidato a vice na chapa puro sangue de Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição, ameaçou melar a disputa de outubro próximo caso não seja realizada auditoria dos votos que o presidente tanto defende.

O pronunciamento, em tom velado de ameaça, foi feito na sexta-feira, 24, em encontro com empresários da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firj), pouco antes de Braga Netto ter o nome oficializado para a vice de Bolsonaro, segundo informou Malu Gaspar, jornalista de O Globo.

Braga Netto teria provocado constrangimento junto aos 40 empresários selecionados pela federação para um encontro que era voltado, oficialmente, à apresentação de demandas específicas do Rio de Janeiro ao general, também informa Malu Gaspar. Ressalte-se que o general, hoje, ocupa o cargo de assessor especial da Presidência da República.

“Longe da imprensa e frente a uma audiência em tese simpática, Braga Netto se soltou e repetiu a narrativa infundada de Bolsonaro sobre a segurança da urna eletrônica – ao contrário do que diz o presidente, os votos no Brasil são auditáveis”, relata a jornalista.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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