O assessor especial do presidente Lula da Silva, Celso Amorim, demonstrou preocupação com os ataques dos EUA a embarcações de supostos narcotraficantes no Caribe, sem apresentar ‘nenhuma prova’. Para Amorim, uma intervenção dos Estados Unidos para depor o presidente venezuelano Nicolás Maduro ‘pode incendiar a América do Sul’, e o Brasil deixou claro que não irá aceitar tal interferência em questões internas de outros países.
Em uma entrevista à AFP, Amorim ressaltou a posição do Brasil em relação à possibilidade de uma ação externa na Venezuela. Ele enfatizou que o país não concorda com a ideia e alertou para os riscos que uma intervenção desse tipo poderia trazer para toda a região sul-americana. A postura brasileira, segundo o assessor especial, é de defesa da soberania e não aceitação de interferências externas sem respaldo legal ou legitimidade.
Amorim, ao se referir aos ataques dos EUA no Caribe, destacou a falta de provas que justifiquem tais ações. Ele demonstrou preocupação com a violação do direito internacional e reiterou a importância de se verificar as informações antes de qualquer medida drástica. Além disso, o assessor especial reiterou que o Brasil busca soluções diplomáticas para os desafios na região e mantém a posição de diálogo e respeito às soberanias nacionais.
A declaração de Amorim reflete a postura do governo brasileiro em relação às tensões na Venezuela e a possibilidade de intervenção externa. O Brasil reafirma seu compromisso com a estabilidade na América do Sul e rejeita qualquer ação que possa gerar conflitos ou desestabilização na região. O diálogo e a cooperação são os principais pilares da política externa brasileira, e o país se posiciona contra iniciativas que possam minar a paz e a segurança na região.




