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Brasil cai duas posições no ranking de percepção de corrupção

Última atualização 25/01/2022 | 12:43

O Brasil piorou no Índice de Percepção de Corrupção no Setor Público elaborado pela Transparência Internacional. Entre uma lista de 180 países, o Brasil se encontra na posição 96ª. No ano passado, estava na 94ª colocação em relação ao total de regiões envolvidas no levantamento.

O levantamento é realizado desde 1995 e aponta que atos do poder Executivo, Legislativo e Judiciário contribuem para a falta de transparência, de combate a práticas ilícitas e de liberdade de informação no Brasil – que abrem margem para gestões autoritárias e menos transparentes.

Em uma escala de 0 a 100, em que 0 significa ”altamente corrupto” e 100 ”muito íntegro”, o país tem 38 pontos, mesma nota do levantamento anterior. Todavia, outros países demostram uma melhora em sua nota, o que fez o país descer no ranking. O desempenho do Brasil está abaixo da média global, de 43 pontos, e da América Latina, de 41 pontos.

Segundo a organização, ”as melhores notas foram atribuídas a Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia (os três com 88 pontos) e Noruega, Singapura e Suécia (os três com 85 pontos). No extremo oposto, os países com as piores avaliações pelo IPC foram Venezuela (14), Somália e Síria (ambos com 13) e Sudão do Sul (11)”.

A Transparência Internacional aponta que o índice de corrupção no setor público aumenta na medida em que a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República sofrem interferência, assim como ameaças antidemocráticas.

Diretor-executivo da entidade, Bruno Brandão, afirma que, na pandemia, os mecanismos de fiscalização deveriam ter sido fortalecidos. “O Brasil está passando por uma rápida deterioração do ambiente democrático e desmanche sem precedentes de sua capacidade de enfrentamento da corrupção. São marcos legais e institucionais que o país levou décadas para construir. Isso traz consequências ainda mais graves por ocorrer em meio à pandemia da Covid-19, quando a transparência e o controle dos recursos públicos deveriam ser priorizados para garantir seu bom uso frente à tragédia humanitária”, destaca.

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