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Brasil confirma primeiros dois casos de varíola dos macacos em bebês

Última atualização 23/08/2022 | 09:40

O Brasil confirmou dois casos de Monkeypox, conhecida popularmente como varíola dos macacos, em bebês. Uma das crianças tem 10 meses e é moradora do estado de São Paulo. A segunda tem 60 dias e reside na Bahia. Os bebês começaram com os sintomas nos dia 10 e 5, respectivamente.

A criança moradora da capital paulista é do sexo masculino. O menino encontra- se em isolamento domiciliar, sem sinais de agravamento, com quadro clínico característico para a doença, com febre e lesões cutâneas”, diz a nota da secretaria municipal. Já o bebê da Bahia, não a secretaria de saúde do município, não disse não divulgar o boletim médico dos pacientes.

Até a manhã desta terça-feira, 23, o Brasil já tinha confirmado mais de 3,7 mil casos de Monkeypox. Também há registros de uma morte. O paciente estava internado em um hospital de Belo Horizonte.

Situação epidemiológica, em Goiás

Em Goiás, de acordo com o último boletim informativo divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) , o estado já contabiliza 160 casos da doença, sendo que três deles são em mulheres e uma criança.

Além disso, a pasta ainda aguarda resultado de exames 297 possíveis infectados. Até o momento, a pasta já destacou 148 casos e 10 possíveis contaminados são monitorados. A doença não foi diagnosticada em bebês.

Goiás está entra nível III da monkeypox

Nesta segunda-feira, 22, Goiás entrou no nível III da monkeypox. Essa classificação é considerada a mais alta de risco, quando há confirmação de transmissão local.

Em um plano de contingência divulgado na última semana, a SES formalizou uma série de medidas e orientações para rastrear e restringir a doença no território goiano.

Conforme o documento, a classificação de risco da Varíola dos Macacos se divide em nível I (Alerta), que corresponde a uma situação em que o risco de introdução da doença seja elevado e não apresenta casos suspeitos; nível II (Perigo Iminente), detecção de caso suspeito e/ou confirmado com transmissão importada, mas sem registros secundários, e nível III (Emergência de Saúde Pública), em que ocorre a transmissão local.

O plano de contingência, conforme a SES, é baseado na classificação nível III, uma vez que a transmissão da varíola já acontece por contato de pessoa para pessoa dentro do estado “com transmissão comunitária, e ainda não há no território nacional disponibilidade de medidas de imunização e de tratamento.”

O documento detalha as estratégias de identificação, notificação, monitoramento e tratamento de pacientes com confirmação e suspeita da doença.

De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, todas essas medidas já vêm sendo tomadas. “As indicações técnicas reforçam as medidas que Goiás já estava adotando desde o começo dos registros da Monkeypox no Brasil, como manter uma Sala de Situação, agora ampliada no COE, as capacitações e definições de rede de atenção”, explica.

A SES definiu os hospitais de referência e tem capacitado sistematicamente os profissionais da área para identificar os casos e fazer o diagnóstico diferencial da monkeypox. Todos os informes sobre o registro de casos, legislações, notas técnicas e o Plano de Contingência podem ser acessados no link: www.saude.go.gov.br/monkeypox.

A doença tem baixa letalidade e registrou apenas um óbito no Brasil, de paciente imunossuprimido com histórico de quimioterapia. Goiás não tem nenhum óbito nem caso grave em adultos ou bebês, mas a SES alerta para a necessidade de cuidado redobrado por parte de pessoas imunossuprimidas e gestantes.

Prevenção

A principal forma de proteção é o isolamento da pessoa infectada (especialmente na presença de lesões na pele ou mucosas, que podem ser confundidas com herpes, afta ou catapora) até que seja feito o exame laboratorial confirmando ou não a doença.

Deve-se evitar o contato com pessoas contaminadas, especialmente os contatos mais íntimos, separando objetos de uso pessoal. Profissionais de saúde devem usar Equipamentos de Proteção Individual no manejo dos pacientes e orientá-los quanto ao isolamento de 21 dias ou até que as lesões cicatrizem totalmente. O tratamento atual refere-se aos sintomas da varíola e na grande maioria dos casos não há necessidade de internação.