A Seleção Brasileira garantiu o título do Campeonato Sul-Americano Sub-20 pela 13ª vez, consolidando o bicampeonato consecutivo sob o comando de Ramon Menezes. A campanha, no entanto, ficou marcada pelo confronto com a Argentina, adversário que goleou o Brasil por 6 x 0 na fase de grupos. No reencontro no hexagonal final, a equipe verde-amarela buscou o empate por 1 x 1, encerrando o torneio com um placar agregado de 7 x 1 contra os argentinos.
Apesar das críticas ao treinador, que enfrentou desafios como a eliminação no Mundial Sub-20 de 2023 e o fracasso no Pré-Olímpico para Paris-2024, a conquista reafirma a tradição da Seleção na base. No entanto, o título, por si só, não define a qualidade do trabalho. O desenvolvimento dos jovens talentos e a transição para a equipe principal seguem como pontos de atenção.
Na edição anterior, em 2023, o Brasil venceu o torneio em um confronto decisivo contra o Uruguai. Ainda assim, dos 20 jogadores daquela convocação, apenas um foi chamado por Dorival Júnior para as Eliminatórias da Copa do Mundo. Entre os destaques do elenco atual, Savinho, que se recuperava de lesão, permaneceu com o grupo a pedido do treinador. Sob o comando de Pep Guardiola no Manchester City, ele tem sido observado pela comissão técnica da Seleção principal. Outros talentos como Arthur, Andrey Santos e Vítor Roque também atuam no exterior.
O desempenho da equipe brasileira não foi empolgante, mas a resiliência dos jogadores se sobressaiu. A geração de 2005 demonstrou comprometimento, e Deivid Washington, artilheiro do time com três gols, se destacou em meio à busca por um novo camisa 9. Ainda assim, a Seleção não contou com alguns dos jovens mais promissores do país. Nomes como Estêvão, Endrick e Vítor Roque tinham idade para disputar o torneio, mas vivem momentos distintos na carreira, atuando por Palmeiras, Real Madrid e Real Bétis, respectivamente.