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Brasil cresce mais que a China pela primeira vez em 42 anos

Última atualização 03/02/2023 | 15:41

O Brasil cresceu mais que a China pela 1ª vez em 42 anos, de acordo com o cálculo realizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Conforme as estimativas divulgadas nesta terça-feira, 31, a economia chinesa teve exoneração de 3%, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB)  brasileiro cresceu 3,1 %. Essa possibilidade tinha sido levantada no fim de setembro pelo ex-ministro da Economia, Paulo Guedes.

Vale ressaltar que os dados informados pelo FMI são preliminares, uma vez que os números oficiais das duas nações ainda serão divulgados. Caso as projeções sejam confirmadas, será a primeira vez que o Brasil cresceu mais do que a China em 42 anos.

A economia da China teve um 2022 conturbado, marcado pela desaceleração da atividade econômica, devido às rígidas regras de contenção da Covid-19, limitando a produção industrial, as vendas domésticas e o comércio internacional. Um dos exemplos dessa situação foram os lockdowns registrados no primeiro semestre em importantes pólos econômicos do Leste da China, como as regiões de Shenzhen e Xangai.

Enquanto o Brasil, foi beneficiado pelo desempenho da atividade econômica no primeiro semestre. Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que nos nove primeiros meses do ano o PIB brasileiro teve expansão de 3,2% em comparação a igual período de 2021. Estes serviços puxaram o desempenho, com um incremento de 4,4%.

A última vez que o Brasil tinha crescido mais que a China foi em 1980. Neste antigo cenário, o país era a sétima maior economia do globo. As taxas de crescimento naquele ano foram de 9,2% e 7,8%, respectivamente.

Na época, a China estava começando a empreender, sob Deng Xiaoping, as primeiras reformas que a tornaram hoje a segunda potência econômica do mundo. Enquanto isso, o Brasil estava em 16ª e encerrava um ciclo de forte crescimento, iniciado em 1967, e se encaminhava para quase um década e meia de turbulências econômicas. A partir daquele momento, o país enfrentou as consequências de moratória da dívida externa, hiperinflação e sucessivos planos econômicos para tentar estabilizar os preços, o que só seria concretizado em 1994, com o Plano Real.

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