Após comentário do presidente da Conmebol, o Brasil, por meio do Ministério das Relações Exteriores, divulgou uma nota nesta quarta-feira (19) criticando a atuação da entidade no combate ao racismo no esporte. Alejandro Domínguez, em declaração polêmica, comparou uma possível edição da Taça Libertadores sem times brasileiros a “Tarzan sem Chita”.
A cobrança por ações efetivas da Conmebol vem crescendo, especialmente por parte de equipes brasileiras, devido aos frequentes episódios de racismo envolvendo jogadores e torcedores negros. Esses atos discriminatórios têm sido comuns em competições organizadas pela Conmebol, gerando indignação no país.
O governo brasileiro repudiou veementemente as declarações de Domínguez, enfatizando a falta de medidas preventivas por parte da entidade para evitar novos casos de racismo. O Ministério das Relações Exteriores destacou a importância de adotar ações para combater a impunidade e responsabilizar os responsáveis por atos discriminatórios.
Em um dos episódios mais recentes de racismo no futebol, o jogador Luighi, do Palmeiras, foi alvo de ataques durante uma partida pela Libertadores Sub-20 no Paraguai. Diante das imitações de macacos por parte dos torcedores, Luighi questionou a tolerância em relação a esse tipo de comportamento, evidenciando a necessidade de combater o racismo de forma eficaz.
O caso de Luighi gerou manifestações públicas de diferentes autoridades, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reiterou a importância da união e respeito no futebol, condenando veementemente qualquer ato racista. O governo brasileiro, em consonância com tais posicionamentos, defendeu a atuação da Conmebol na coibição e repressão dos atos racistas, buscando promover a igualdade racial no esporte e ampliar o acesso de grupos vulneráveis.
Diante desse contexto, torna-se essencial que a Conmebol assuma um papel mais ativo na implementação de políticas antidiscriminatórias e na aplicação de punições rigorosas aos responsáveis por atos de racismo. O compromisso do governo brasileiro em combater todas as formas de discriminação no esporte, promovendo a igualdade racial em todas as modalidades esportivas, reforça a importância de ações concretas e eficazes para erradicar o racismo no futebol sul-americano.