Em seis anos, Brasil desativou mais de 10 mil leitos pediátricos

Mais de 10 mil leitos de internação em pediatria clínica – destinados a crianças que precisam permanecer no hospital por mais de 24 horas – foram desativados na rede pública de saúde nos últimos seis anos. É o que revela levantamento divulgado hoje (27) pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Os números mostram que, em 2010, o país dispunha de 48,3 mil leitos pediátricos para uso exclusivo do Sistema Único de Saúde (SUS). Já em novembro passado (último dado disponível), o total baixou para 38,2 mil – uma queda de cerca de cinco leitos por dia. Ainda segundo o estudo, 40% dos municípios brasileiros não têm nenhum leito de internação desse tipo.

Das 5.570 cidades do Brasil, 2.169 não têm nenhum leito. Entre as que possuem pelo menos uma unidade de terapia intensiva infantil, um terço tem menos de cinco leitos em todo o território municipal e 66 contam com apenas um leito.

“A título de dimensionamento, vale citar que só a cidade de São Paulo (SP) tem leitos em quantidade equivalente a oferecida atualmente em mais de 780 municípios de pequeno porte”, destacou a entidade.

As informações foram levantadas por meio do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde e, de acordo com a SBP, preocupam especialistas. A redução do número de leitos, segundo a entidade, tem impacto direto no atendimento, provocando atrasos no diagnóstico e no início do tratamento de uma população que vem aumentando.

A SBP também ressaltou que as doenças que prevalecem em crianças são sazonais. Nos primeiros semestres do ano, geralmente se acentuam as viroses gastrointestinais que, em muitos casos, demandam internações. Casos mais sérios de dengue, bem como alergias, infecções respiratórias e pneumonia também contribuem para o crescimento da demanda.

Estados e capitais

Em números absolutos, os estados das regiões Nordeste e Sudeste foram os que mais sofreram redução de leitos pediátricos no período: 4.032 e 3.060 leitos a menos, respectivamente. Em escala, surgem as regiões Sul (-1.873 leitos), Centro-Oeste (-689) e Norte (-428).

São Paulo foi o estado que mais perdeu leitos de internação infantil entre 2010 e 2016, com 1.109 desativações. Na outra ponta, apenas um estado apresentou número positivo no cálculo final de leitos desse tipo no SUS ativados e desativados nos últimos seis anos: Amapá, que saltou dos 180 leitos pediátricos em 2010 para 230 no fim do ano passado.

Entre as capitais, São Paulo lidera o ranking dos que mais perderam leitos na rede pública (-378), seguido por Fortaleza (-364) e Brasília (-150). “Quatro capitais, apenas, conseguiram elevar a taxa de leitos, o que sugere que o grande impacto de queda tenha recaído sobre as demais cidades metropolitanas ou interioranas dos estados”, avaliou a SBP.

Outro lado

Por meio de nota, o Ministério da Saúde informou que a análise da oferta de leitos para crianças deve considerar mudanças no perfil epidemiológico e uma tendência mundial de desospitalização. Desta forma, segundo a pasta, tratamentos que antes exigiam internação passaram a ser feitos no âmbito ambulatorial e domiciliar.

“Nessa lógica, o Ministério da Saúde, nos últimos anos, investiu na expansão de leitos pediátricos e neonatais para atendimento de maior complexidade, destinados a pacientes graves e que exigem maior estrutura e esforço de profissionais. O crescimento da oferta de leitos para esses casos foi de 15% entre 2010 e 2016, totalizando atualmente mais de 10,6 mil leitos no SUS”, destacou.

Ainda no comunicado, o ministério lembrou que, em relação a critérios e parâmetros para planejamento de leitos no país, segue a Portaria 1.631, de 2 de outubro de 2015, cujo cálculo considera, além da população, protocolos clínicos e terapêuticos, necessidades de internação, tempo médio de permanência, perfil da oferta de serviços locais e taxa de ocupação de leitos, entre outros.

“Os pedidos de habilitação de leitos são feitos pelos gestores estaduais e municipais e analisados pelo Ministério da Saúde dentro desse contexto”, concluiu a pasta.

Fonte: Agência Brasil

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Corpo é descoberto em trem de pouso de aeronave no Havaí

Corpo Encontrado em Trem de Pouso de Avião no Havaí

No dia 25 de dezembro de 2024, um corpo foi encontrado no trem de pouso de um avião no aeroporto internacional de Honolulu, no Havaí. A descoberta foi feita por funcionários da companhia aérea durante uma inspeção de rotina.

De acordo com as autoridades, o corpo pertence a um homem que ainda não foi identificado. A polícia e a Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA estão investigando as circunstâncias do incidente.

O avião, um Boeing 767, havia chegado de San Francisco algumas horas antes da descoberta. Os passageiros e a tripulação já haviam desembarcado quando o corpo foi encontrado.

As autoridades acreditam que o homem pode ter se escondido no trem de pouso do avião durante a viagem, mas as causas exatas da morte ainda são desconhecidas. A polícia está trabalhando para identificar o homem e entender como ele conseguiu acessar a área restrita do avião.

O incidente causou surpresa e preocupação entre os passageiros e funcionários do aeroporto. A companhia aérea emitiu um comunicado expressando sua tristeza e cooperando plenamente com as investigações.

A investigação está em andamento, e as autoridades pedem que qualquer pessoa com informações relevantes entre em contato com a polícia.

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