Brasil é 2º no consumo de revestimento na construção civil, apesar de alta de preços

revestimento

Apesar dos custos da construção civil em alta, o Brasil é o segundo maior consumidor de revestimentos cerâmicos no mundo, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (ANFACER). A demanda nacional fica atrás apenas da China.

 

O reajuste de 1,5% sobre o preço dos materiais em abril deste ano reflete diretamente sobre o orçamento destinado às obras e no valor do imóvel pago pelos goianos. A pandemia é apontada por especialistas como uma das explicações para o encarecimento. As reformas são as mais afetadas no quesito acabamento, já que muitas pessoas deixam essa parte da intervenção ficar de lado por causa do custo. 

 

Para atender o sonho dos brasileiros de uma casa mais bonita e moderna, a indústria tem investido em inovação para conciliar o preço e o design. Os empresários tentam convencer os potenciais clientes expondo as vantagens de investimento em cerâmicas, porcelanatos e revestimentos para paredes e pisos pela qualidade, durabilidade e custo-benefício.

 

A defesa tem sido cada vez mais incisiva, considerando que essa parte da construção pode corresponder a quase 40% dos custos totais. A diarista Sílvia Nunes está na contramão da estatística da Anafer. Ela comprou um lote em Aparecida de Goiânia e conseguiu construir a parte básica estrutural do imóvel com ajuda de amigos. A mulher se mudou logo em seguida para eliminar o custo do aluguel, mas o revestimento e outros detalhes que conferem conforto para uma família são um sonho distante.

 

“Por enquanto, a cerâmica das paredes, um banheiro e uma cozinha bonitos, como eu queria, são um projeto para o futuro. Eu tive a colaboração de amigos e de vizinhos, mas ainda sim tive gastos. Preciso pagar tudo isso antes de considerar fazer mais dívidas. Minha prioridade agora se limita a manter o sustento dos meus filhos. As coisas estão caras. Tudo muito difícil, diz.

 

Uma conta estimada de R$1.679,25 por metro quadrado de uma obra, de acordo com o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), e de tamanho médio das casas financiadas no País de 66 metros quadrados, conforme aponta a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), resulta em um gasto de R$ 110.830,50, sendo R$ 44,332,20 somente com acabamento, em média.

 

 

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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