Brasil e EUA quebram gelo em negociações, mas cautela é a palavra-chave, diz Amorim

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Brasil e EUA quebraram o gelo da relação, mas é preciso ‘cautela’ nas negociações, diz Amorim

Assessor de Lula para assuntos internacionais afirmou que, do lado brasileiro, clima é de otimismo com as tratativas entre os países, mas que apenas ‘primeiros passos’ foram dados.

A conversa entre Rubio e Vieira [https://s02.video.glbimg.com/x240/14019617.jpg]

A conversa entre Rubio e Vieira

O assessor para assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim, afirmou neste sábado (18) que, do lado brasileiro, o clima é de otimismo em razão das recentes conversas do governo Lula com os Estados Unidos. Mas acrescentou que é preciso ver a relação com a gestão Donald Trump com “realismo” e “cautela”.

Em entrevista à GloboNews, Amorim disse que o “gelo foi quebrado” e o “respeito mútuo restabelecido”. Ele ponderou, no entanto, que esses são apenas os “primeiros passos” nas tratativas entre os dois países em busca de um eventual acordo.

“Lula quer tratar sobre Venezuela com Trump”

Amorim é um dos principais conselheiros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na área de política externa. Nesta sexta-feira (17), ele participou de reunião no Palácio da Alvorada sobre as estratégias do governo federal nas negociações com o governo norte-americano.

Além do assessor especial, também estava presente o chanceler Mauro Vieira, que, na última quinta (16), teve uma reunião presencial com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, na Casa Branca, em Washington.

Os três fizeram um balanço da conversa com Rubio e também falaram sobre o encontro que deve acontecer em breve entre o presidente Lula e o presidente dos EUA, Donald Trump – ainda sem data oficial marcada.

O Palácio do Planalto considera que a conversa entre os presidentes pode ocorrer durante o encontro da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), na Malásia, no fim de outubro, mas isso depende da agenda das duas autoridades.

MINERAIS CRÍTICOS

Um dos temas que podem entrar em discussão na conversa com os norte-americanos são os minerais críticos e as terras raras.

Sobre isso, Amorim respondeu que “o importante é desenvolver uma política que priorize nossas próprias necessidades”. “O presidente está atento a isso”, acrescentou.

Minerais críticos e estratégicos são aqueles que desempenham papel central na economia de um país, principalmente no futuro. São usados, por exemplo, na tecnologia de ponta, em chips para celulares e computadores e na transição energética.

No final deste mês, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, vai tratar do tema com o secretário de Energia do governo Trump.

Segundo Silveira, o presidente orientou à equipe que continue dialogando com outras nações, inclusive com os Estados Unidos, para atrair investimentos para o Brasil, desde que respeitem as políticas públicas elaboradas no país.

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