Brasil é o país que mais discute violência contra a mulher nas redes sociais

Brasil é o país que mais discute violência contra a mulher nas redes sociais

A população brasileira produziu mais de 750 mil publicações sobre violência contra a mulher nas redes sociais durante o ano de 2022. A constatação é de um levantamento feito pela Ipsos, em parceria com a ONU Mulheres, em diversas nações da América Latina. O país é o que mais produz conteúdo digital sobre o assunto, enquanto o México, segundo colocado, registrou aproximadamente 640 mil publicações no mesmo período.

Com auxílio de recursos de inteligência artificial, foram mapeadas discussões online sobre feminicídio e outras práticas de violência contra mulheres e meninas no Brasil em plataformas como Twitter, Instagram, Facebook, Reddit e YouTube, por exemplo. A partir deste estudo, foi possível identificar o perfil das pessoas que mais conversam sobre o assunto nas plataformas de mídias sociais. Além de Brasil e México, foram mapeadas publicações de Honduras, El Salvador e Guatemala.

Os dados dos países pesquisados, porém, apresentam uma grande queda. Em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, o Brasil atingiu 2,6 milhões publicações sobre violência contra a mulher nas redes sociais durante o ano. Já em 2021, esse número caiu para aproximadamente 860 mil.

“A queda nas conversas on-line não significa que haja desinteresse do público, mas sim que a pauta tem sido pouco estimulada – vide o crescimento do engajamento quando o tema é mencionado. É muito importante que imprensa, empresas privadas e instituições continuem dando visibilidade a este tema”, avalia Helena Junqueira, gerente sênior de Social Intelligence Analytics da Ipsos no Brasil e uma das coordenadoras do levantamento.

Entre os brasileiros que publicam esse tipo de conteúdo nas redes, a maioria é homem (56% contra 44%), tem entre 25 e 34 anos (63%) e expressa, principalmente, sentimentos de pena, tristeza e raiva em suas mensagens sobre o tema. Os tipos de violência contra a mulher mais discutidos entre os brasileiros na internet são misoginia e regulamentação da gravidez por estupro.

A cultura de massa tem se mostrado um forte indutor para as conversas sobre violência contra mulheres. Reality shows como Big Brother Brasil e A Fazenda têm despertado discussões on-line sobre relações abusivas e violência física e psicológica. O mesmo acontece quando celebridades compartilham suas experiências pessoais de abuso.

“As redes sociais têm o papel de gerar visibilidade para o assunto, provendo informação para mulheres que estejam sofrendo algum tipo de violência hoje ou que venham a sofrer no futuro. Além de existir um falso mito de que a violência está mais presente em determinadas classes econômicas, etnias ou regiões, é muito comum que as vítimas demorem a perceber a gravidade do que estão sofrendo, ou ainda tenham medo e vergonha de denunciar seus agressores. Quanto mais se fala sobre o assunto na internet, mais informação e acolhimento nós mulheres vamos encontrar”, afirma Junqueira.

“Trabalhar na conscientização masculina é essencial. Na onda anterior desse estudo, fizemos uma análise das buscas no Google, que mostrou que muitos homens estão buscando informação para entender se estão sendo abusivos com suas parceiras. Hoje há grupos de apoio masculinos trabalhando na prevenção e na redução de reincidência, com ótimos resultados. É importante que os homens consigam enxergar seu papel na cultura machista e que tenham ferramentas para participar dessa transformação.”

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Natal do Bem amplia acesso com nova entrada pela BR-153

O acesso via BR-153 é novidade na edição do Natal do Bem 2024, em Goiânia. Este ano, o evento conta com seis áreas de estacionamento, sendo duas próximo à rodovia federal. Ao todo, são 12 mil vagas rotativas e gratuitas disponíveis para os visitantes.

Para chegar ao Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON) pela BR-153, é necessário seguir pela marginal no primeiro ponto de acesso – próximo à Universidade Paulista (Unip), virar à direita na Rua Recife/Araxá, fazer o retorno, virar à direita na Alameda Barbacena e, por fim, virar à esquerda na Rua 106.

Para quem preferir outro percurso, pode fazer o trajeto pela GO-020, virar à direita na Avenida Doutor José Hermano e seguir até os pontos de estacionamentos próximos ao CCON. Há equipes técnicas em todos os locais para orientar os visitantes.

Em todos os acessos (vias BR-153 e GO-020), há também pontos de embarque e desembarque para usuários de transporte por aplicativos.

Para os usuários do transporte coletivo, o Natal do Bem conta, este ano, com duas linhas exclusivas e gratuitas: uma com ponto de embarque e desembarque no Deck Sul 1 do Flamboyant Shopping, e outra com ponto em frente ao Museu Zoroastro, na Praça Cívica.

As linhas funcionam de terça-feira a domingo, das 18 às 23 horas. A Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) também opera duas linhas regulares que atendem o itinerário até o local do evento: a 990, com parada no Terminal Praça da Bíblia, e a 991, no Terminal Isidória.

O Natal do Bem é uma iniciativa do governo estadual, por meio do Goiás Social e Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), e conta com entrada, estacionamentos e mais de 300 atrações culturais gratuitas.

O complexo natalino possui mais de 30 mil metros quadrados, quase três milhões de pontos de luz e uma Árvore de Natal de 40 metros de altura. A expectativa é que 1,5 milhão de pessoas visitem o evento, que segue até 5 de janeiro, de terça-feira a domingo, das 18 às 23 horas.

O evento conta com os patrocínios da Saneago, Flamboyant Shopping, Flamboyant Urbanismo, O Boticário, Sicoob, Sistema OCB, Equatorial e Mobi Transporte.

Mapa dos acessos ao Natal do Bem:

 

 

 

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