Brasil encerra participação em missão de paz no Haiti

O Brasil encerrou oficialmente nesta quinta-feira (31) a presença na Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah), iniciada em 2004, após um levante derrubar o então presidente Jean Bertrand Aristide.

Em toda a sua duração, de 13 anos, a missão foi comandada militarmente pelo Brasil. A partir desta sexta (1º), nenhum militar brasileiro irá às ruas. A partir de agora, com o fim da Minustah, a responsabilidade da segurança do país está com a polícia haitiana.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, o senador Fernando Collor, os comandantes da Aeronáutica, Nivaldo Rossato, e da Marinha, Eduardo Bacellar, o embaixador do Brasil no Haiti, Fernando de Mello Vidal, e a deputada Bruna Furlan estiveram presentes na cerimônia, realizada à noite no batalhão do Exército brasileiro em Porto Príncipe, a capital do país. Nenhuma autoridade haitiana participou do ato.

“O Haiti tem um governo democrático e tem estabilidade. Tem condições de perseguir o seu desenvolvimento econômico e social, e esta ponte foi feita pelas Forças Armadas brasileiras, que ganharam respeito internacional sob o mandato da ONU”, disse Jungmann, que chamou o Haiti de “nação irmã”. “Acho que a Polícia Nacional Haitiana tem condições de manter a paz”, afirmou. Segundo ele, o Brasil continuará trabalhando em parcerias com o país caribenho, como no setor de agricultura.

O comandante da operação internacional, general brasileiro Ajax Porto Pinheiro, defendeu que o momento encerra “um capítulo da história militar e um capítulo da história do Brasil”.

Durante o ato, Jungmann pediu um minuto de silêncio em memória aos 24 militares brasileiros que morreram na missão – 18 deles no terremoto registrado em 2010, que deixou mais de 200 mil mortos no país. As bandeiras da ONU e do Brasil foram baixadas do mastro na unidade, simbolizando o fim da ação brasileira em solo haitiano.

“Não viemos aqui impor nada e nada impomos. Não viemos aqui com interesses comerciais, viemos fazer solidariedade”, disse o ministro da defesa.

A representante do secretário-geral da ONU no Haiti, Sandra Honoré, agradeceu às tropas brasileiras pelo trabalho, afirmando que no dia seguinte ao que a missão de paz da ONU será oficialmente encerrada, em 15 de outubro, será instaurada uma nova missão de paz, agora de apoio para o fortalecimento da Justiça e da polícia haitiana, atualmente com 15 mil homens.

“As Nações Unidas e os haitianos são muito gratos ao papel principal que o Brasil desenvolveu junto com 24 países na missão internacional. Nos comprometemos para base sólida e estabilidade duradora que hoje o povo haitiano aproveita”, afirmou Sandra, afirmando: “bombagai, a missão foi cumprida”. “Bombagai” significa “gente boa” em creóle, a língua falada no Haiti, e é como parte dos haitianos chama os militares brasileiros.

As informações são do Portal G1

Novo Exér

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Polícia pede exumação de ex-marido de mulher que fez bolo em confraternização e matou três pessoas

Polícia Pede Exumação de Ex-Marido de Mulher do Bolo

A Polícia Civil de Torres, no interior do Rio Grande do Sul, está investigando um caso grave envolvendo a morte de três pessoas e a internação de outras duas após o consumo de um bolo preparado por uma mulher. A polícia solicitou a exumação do ex-marido da suspeita, buscando esclarecer as circunstâncias da morte dele.

A mulher, conhecida como a ‘mulher do bolo,’ preparou o bolo que, segundo as investigações, continha substâncias tóxicas. O incidente resultou na morte de três pessoas e na hospitalização de duas outras. A polícia está trabalhando para determinar se há uma conexão entre a morte do ex-marido e o incidente com o bolo envenenado.

Segundo a polícia, o marido da suspeita morreu em setembro por intoxicação alimentar e a morte não foi identificada pois foi considerada como ‘causa natural’.

Bolo envenenado

A confraternização familiar aconteceu na última segunda-feira, 23. Após o consumo do alimento, uma criança e quatro mulheres foram internadas no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes com sintomas de intoxicação alimentar.

Na madrugada de terça-feira, 24, duas delas morreram e, na manhã do mesmo dia, outra pessoa morreu. As vítimas foram identificadas como Maida Berenice Flores da Silva, 58 anos, e Tatiana Denize Silva dos Santos, 23 anos, vítimas de parada cardiorrespiratória. A terceira pessoa foi identificada como Neuza Denize Silva dos Anos, de 65 anos, mãe de Tatiana e irmã de Maida, que morreu vítima de pós-intoxicação alimentar.

Segundo a polícia, os corpos foram enviados para necropsia no Instituto-Geral de Perícia (IGP) para investigação de causa de morte. Os alimentos recolhidos também passaram por perícia.

“Nós temos informações, inclusive, que tinha uma maionese lá que estava vencida há um ano. Havia, de fato, produtos vencidos na residência. Foi encontrado um frasco, um remédio, que não é tarja preta, que dentro dele deveria haver cápsulas e não havia cápsulas. Havia um líquido branco. E esse líquido branco será periciado também”, explicou o delegado Marcos Vinícius Velho.

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