Em 31 de dezembro de 2019, Wuhan, na China, reportava para a OMS casos de pneumonia de origem desconhecida. Duas semanas depois, confirmou-se a existência do coronavírus. Desde então, o Brasil ficou sem um plano de preparação para pandemias, ocupando o 2º lugar em mortes totais e o 20º em taxa por população em relação à Covid-19.
Especialistas apontam a ausência de legislação específica como um dos principais motivos para os erros cometidos durante a pandemia. Problemas como falta de coordenação e centralização de ações, dificuldades na aquisição de insumos e demora na implementação de medidas foram recorrentes. Essas falhas reforçam a necessidade urgente de um plano nacional para enfrentar crises sanitárias e evitar tragédias como a que o país vive atualmente.
A falta de preparo diante de um cenário pandêmico se reflete nos números alarmantes de casos e óbitos por Covid-19 no Brasil. A incapacidade de antecipar as necessidades do sistema de saúde e a demora na adoção de medidas efetivas têm contribuído para a situação crítica que se arrasta há cinco anos. O país segue sem um planejamento estratégico que possa mitigar os impactos de futuras emergências de saúde pública.
O despreparo para lidar com a pandemia também se reflete na falta de investimento em infraestrutura hospitalar e na formação de profissionais da saúde. A precariedade do sistema de saúde pública e a fragilidade das ações governamentais frente à crise evidenciam a importância de políticas públicas consistentes e duradouras para garantir a segurança da população em momentos de crise.
Diante do cenário de incertezas e desafios impostos pela Covid-19, é vital que o Brasil adote medidas concretas para fortalecer seu sistema de saúde e preparar-se para enfrentar futuras epidemias. Investir em pesquisa científica, promover a cooperação entre os diferentes níveis de governo e estabelecer protocolos claros de atuação são passos fundamentais para superar as deficiências que têm marcado a resposta do país à atual crise sanitária.