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Brasil envia aviões para resgatar brasileiros em Israel

Última atualização 09/10/2023 | 16:10

O Brasil, como atual país presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), anunciou no sábado, 07, que iria convocar uma reunião de emergência sobre a guerra de Israel contra o Hamas. O Ministério da Defesa brasileiro afirmou ainda que irá enviar seis aviões para buscar os brasileiros que estão na região do conflito.

Na manhã de sábado, Israel sofreu um ataque surpresa pelo grupo e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou guerra.

Por meio de coletiva de imprensa, o ministro da Defesa, José Múcio, informou que está em contato com as embaixadas de Israel, Cisjordânia e outras regiões para receber uma lista de brasileiros que querem voltar para o país. O primeiro avião a ser enviado tem capacidade para 220 passageiros e deve chegar a Tel Aviv, com previsão de retorno para segunda-feira, 09, ou terça-feira, 10. Além disso, o Brasil enviará médicos e psicólogos para atendimento dos resgatados.

As manifestações do Brasil sobre o caso foram feitas tanto em comunicado oficial do governo brasileiro quanto pelas redes sociais. Em nota, o país presidente do Conselho de Segurança da ONU afirmou que a violência não se justifica, principalmente contra civis. “O governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação”, informou em nota do Ministério das Relações Exteriores.

A nota reforça ainda o compromisso do Brasil com a solução do conflito entre Palestina e Israel, objetivando a paz e a segurança dentro das fronteiras. Além disso, expressou condolências aos familiares das vítimas e solidariedade com o povo de Israel.

“Reafirmamos que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão Israel-Palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz. Lamentamos que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, se observe deterioração grave e crescente da situação securitária entre Israel e Palestina”, escreveu.

Participação do Brasil

O governo do Brasil já se ofereceu para intermediar um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia que possa acabar com o conflito no leste europeu e agora tenta auxiliar no conflito do Oriente Médio. Na manhã de sábado, Israel foi surpreendido com mais de 5 mil bombas, gerando a morte de centenas de pessoas, milhares de feridos e dezenas de pessoas sequestradas.

No Brasil, há uma mobilização por parte do governo com condenações aos ataques realizados contra Israel. Com isso, autoridades brasileiras, incluindo o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se manifestaram.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou que a guerra não é a solução para conflitos políticos. “O ataque do Hamas a Israel é inaceitável e cria mais um foco de tensão mundial. Devemos todos, inclusive o estado brasileiro, buscar o fim das hostilidades e o entendimento político. O caminho é a paz”, escreve no X, antigo Twitter.

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, também se manifestou pela rede social. Segundo ele, é necessário que a comunidade internacional busque pela paz entre os israelenses e palestinos, evitando a escalada da violência no Oriente Médio. “Não podemos fechar os olhos para a violação de princípios fundamentais. E nada justifica o uso da violência. Em nome do Congresso Nacional, expresso condolências aos familiares das vítimas, e reafirmo o meu desejo pelo fim do conflito e a busca por solução justa, pacífica e duradoura para a região”, disse.

Já o presidente Lula disse ter ficado chocado com os ataques terroristas contra civis em Israel. “Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas. O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU. Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados”, afirmou.

“O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas”, diz a nota.

O Ministério diz ainda que “a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz”.