Em levantamento da Mapbiomas, uma iniciativa do Observatório do Clima, co-criada e desenvolvida por uma rede multi-institucional envolvendo universidades, ONGs e empresas de tecnologia, o Brasil fechou o ano de 2022 com a maior superfície de água desde 1999. Apesar disso, o índice hidrográfico no País ainda é preocupante e não se encaixa no ideal para o território nacional.
Superfície de água no Brasil
Em 2022, o Mapbiomas registrou um total de 18.218.754 hectares de superfície de água. Trata-se de um aumento de 10,2% em relação a 2021, com 16.525.576 hectares. Os números do ano passado são os maiores desde 1999, quando o Mapbiomas registrou 19.621.702 hectares no quesito.
No entanto, o Brasil vem sofrendo com a redução da superfície de água. Responsável por 12% do volume de toda a água doce do planeta, o País teve o menor índice da série histórica na última década. Foram sete anos de redução de superfície desde 2010, sendo que o período de 2013 a 2021 foi o mais seco.
Os meses de dezembro a julho ficaram acima da média histórica mensal, enquanto agosto a novembro estiveram abaixo. Em 2022, a superfície de água nos biomas ficou acima da média, com exceção de Pampa e Pantanal.
Apesar do sinal de recuperação no ano passado, a tendência predominante é de redução. Do território brasileiro, 17% teve perda e 21%, ganho. Entre os estados que tiveram a superfície de água em 2022 acima da média da série histórica, está Goiás. Apenas o Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio Grande do Sul, Ceará e Paraíba estiveram abaixo.