Nesta quarta-feira (18), o Brasil tornou-se o primeiro país da América Latina a assinar um Termo de Cooperação (TC) para intercâmbio científico com a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU). A parceria intensificará o intercâmbio, treinamento e aprimoramento dos protocolos médicos entre os países latinos e a Agência.
A Medicina Nuclear movimenta R$1 bilhão no Brasil e atende cerca de 900 mil pacientes. Esta área é responsável pela execução de 1,5 milhão de exames como a cintilografia, utilizada para identificar metástase, e 100 mil diagnósticos por meio do PET-CT que identifica o câncer em todos os estágios.
Para Juliano Cerci, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, a assinatura representa um reforço nas ações que já vêm sendo executadas em prol dos avanços da especialidade, com eficácia de tratamentos e diagnósticos cientificamente comprovados pela sociedade médica mundial: “nós temos uma relação há muitos anos com a IAEA e este acordo é uma oficialização desta forma de trabalhar, respeitando as necessidades locais e atendendo as necessidades brasileiras e contribuindo para o treinamento dos colegas especialmente da América Latina”.
Além do intercâmbio com latinos, os especialistas buscarão parcerias para receber alunos de regiões africanas com matrizes de língua portuguesa.
Sobre a SBMN
Fundada na década de 60, a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) é constituída por médicos especialistas em medicina nuclear e outros profissionais de áreas correlatas, como tecnólogos, radiofarmacêuticos, biomédicos, físicos e químicos, contando com quase 1 mil sócios atualmente. Tem por objetivo integrar e favorecer o desenvolvimento da comunidade médica nuclear e demais profissionais envolvidos no emprego de fontes abertas de radionuclídeos com finalidades diagnósticas ou terapêuticas, promovendo atividades científicas e de intercâmbio entre profissionais de todo o País.