Apesar das críticas de Trump, EUA mantêm superávit comercial com o Brasil
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o Brasil “ficou rico” cobrando tarifas de importação sobre produtos americanos. No entanto, a balança comercial entre Brasil e Estados Unidos é favorável aos EUA. Entre janeiro e março de 2025, o Brasil exportou US$ 9,7 bilhões para os EUA e importou US$ 10,3 bilhões, mostrando um desequilíbrio que se mostra como uma tendência.
Desde 2008, o Brasil não registra superávit comercial com os Estados Unidos, quando as exportações brasileiras para os EUA somaram US$ 26,5 bilhões, enquanto as importações ficaram em US$ 25,6 bilhões. Antes desse período, a balança era majoritariamente superavitária para os brasileiros, porém a globalização reestruturou as cadeias de produção, levando à mudanças nesse cenário.
A China é mencionada como um exemplo de país que tem agido de forma mais rígida no que diz respeito à guerra tarifária. Muitos dos produtos que antes eram fabricados no Brasil passaram a ser produzidos em países asiáticos, intensificando as exportações desses países para os EUA. Isso fez com que suas economias se tornassem cada vez mais atreladas ao mercado norte-americano.
Donald Trump reiterou suas críticas ao afirmar, em entrevista à revista Time, que o Brasil e outros países ficaram ricos cobrando tarifas de importação sobre produtos americanos. O presidente destacou que a China e a Índia cobram altas tarifas e que é assim que conseguem sobreviver e prosperar economicamente. Trump considera as tarifas uma medida de proteção do país.
Diante desse cenário, o Brasil busca se proteger da guerra comercial que tem se intensificado no cenário internacional. A tomada de medidas para equilibrar a balança comercial se torna essencial para garantir a estabilidade econômica do país. É importante analisar e compreender as estratégias adotadas pelos países envolvidos nesse contexto para que seja possível agir de forma assertiva e garantir os interesses nacionais.