O Brasil possui mais de 500 aeroportos públicos, mas apenas 137 registraram voos comerciais em julho, representando uma queda em relação aos anos anteriores. Em um período de dois anos, a diminuição na quantidade de destinos supera os 15%. Apesar do crescimento no volume de passageiros, a cobertura da malha de voos está sendo restringida devido às dificuldades enfrentadas pela aviação civil. A retração de destinos ocorreu não apenas em julho, mas também em março, revelando um cenário preocupante para a conectividade aérea no país. Desde o início da pandemia, as principais empresas aéreas brasileiras passaram por processos de reestruturação financeira, afetando diretamente a oferta de voos e destinos. Com dívidas elevadas e a necessidade de capital, as companhias têm buscado reduzir custos e reajustar suas frotas para se manterem operacionais. A Azul, por exemplo, está em processo de recuperação judicial e busca recursos para garantir sua sustentabilidade financeira. A revisão da malha aérea visa maximizar a rentabilidade e a geração de caixa, impactando diretamente na oferta de voos e na prestação de serviços em determinadas regiões do país. Dessa forma, a situação da aviação comercial no Brasil reflete a necessidade de medidas estratégicas e um cenário desafiador para as empresas do setor.