Análise: Seleção precisa se arriscar mais no certo do que pisar tanto no escuro

Brasil mostrou uma evolução ao longo da Copa América, mas ainda precisa se preocupar mais com o estilo e sua espinha dorsal

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Com tempo de casa, Arthur Elias começou a Copa América Feminina ressaltando a obrigação de vencer o título, o nono do Brasil. Entre idas, adaptações e trocas, a Seleção completou a meta estimada, mas mostrou o que ainda falta.

O DE vinha em uma fase extremamente positiva antes da competição, com resultados e posturas incríveis nos amistosos contra Estados Unidos, Japão e França. Uma seleção que mostrava o estilo brasileiro de jogar, com beleza e um sorriso no rosto.

Mas, ao chegar no torneio, o mundo parece ter balançado um pouco. A falta de aquecimento no gramado e a altitude atrapalharam um trabalho que foi construído, fazendo com que a Seleção abaixasse o nível que apresentava.
Brasil campeão da Copa América feminina — Foto: AFP

Um Brasil que mostrava tanto o estilo brasileiro teve dificuldade para enfrentar justamente o belo futebol sul-americano. Com muitas oscilações em suas escalacões, algo que faz parte do estilo de Arthur, não ajudaram a seleção brasileira no torneio, mais claro na final.

Todas as trocas, principalmente na defesa, tiravam um entrosamento que foi construído, como exemplo das duplas entre Gio Garbelini com Amanda Gutierres e Angelina ao lado de Duda Sampaio. Com tantas adaptações nos últimos anos, era como se cada jogo fosse uma reconstrução.

Desta maneira, mesmo com mentalidade e grandes destaques, é muito difícil encontrar o seu maior centro, manter 100%. Talvez, um treinador conhecido pelo seu estilo de arriscar, precise repensar um pouco em realmente ter uma espinha dorsal.

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Mas também cabe o elogio da evolução ao longo dos jogos, de mostrar a mentalidade vencedora e mexer de maneira adequada na maioria das vezes. Aliás, na final da competição, o saber completo de Arthur melhorou e modificou o Brasil com as trocas.

A seleção brasileira caminha de maneira positiva em busca da sonhada Copa do Mundo e, o que esperamos, é sempre mostrar o melhor e manter o nível. O futebol brasileiro é muito amplo e belo, queremos mais Brasil na Seleção.

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