Brasil pode ter chuvas intensas e recordes em diferentes regiões

Semana deve ser de chuvas irregulares e calor em Goiás

A partir de quinta-feira, o Brasil está prestes a enfrentar um período de chuvas intensas que podem abranger várias regiões, especialmente o Sul e o Centro-Oeste, segundo o Instituto Nacional de Meteorologista (Inmet). Essas precipitações não apenas trarão alívio para áreas secas, mas também podem estabelecer novos recordes de chuva nos últimos seis meses.

A previsão indica que as chuvas devem avançar do Sul, onde já há precipitações desde o início da semana, até diversos pontos do Centro-Oeste. Essa movimentação é esperada a partir de quinta-feira e pode resultar em volumes significativos de chuva, potencialmente batendo recordes dos últimos seis meses.

As regiões Sul e Centro-Oeste são as mais prováveis de receber chuvas intensas. No Sul, as precipitações já começaram, enquanto no Centro-Oeste, a expectativa é de que as chuvas sejam particularmente fortes, afetando estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

A previsão é de chuva de até 100mm por dia, ventos intensos e queda de granizo.

Tempo nesta quinta-feira, 10, em Goiás

Nesta quinta-feira, a massa de ar quente e seco que transita por Goiás deve começar a perder intensidade e favorecer a presença de chuvas no Estado, com tempestades irregulares que podem vir acompanhadas de rajadas de vento e eventualmente granizo.

As regiões Central e Sul devem receber o maior número de chuvas, podendo registrar 20mm. Já o sudoeste deve registrar 15mm, enquanto o Norte, Leste e Oeste devem registrar 10mm.

Em Goiânia, o tempo deve permanecer com sol, tendo expectativa para tempestades isoladas durante a noite. A umidade do ar estará em 83%, com probabilidade de chuva de 0.18mm e vento com velocidade de 3.6 km/h na direção Sul.

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Ministro do STJ diz que autismo é ‘problema’ e que clínicas são ‘passeios’

Na última sexta-feira, 22, durante um evento em São Paulo, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Antônio Saldanha, fez declarações polêmicas sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Saldanha afirmou que o autismo é um “problema” e que as clínicas especializadas em tratamento promovem “passeios na floresta” para as crianças.
“Para os pais, é uma tranquilidade saber que o seu filho, que tem um problema, vai ficar de 6 a 8 horas por dia em uma clínica especializada, passeando na floresta. Mas isso custa,” disse Saldanha durante o Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde. Essa comparação gerou forte reação entre os presentes e na comunidade autista.
 
A advogada Aline Plentz, que coordena um grupo que luta pelos direitos de pessoas autistas na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Jabaquara (SP), se sentiu ofendida pelas palavras do ministro. “Eu, como mãe de um autista, me senti totalmente ofendida. Não é uma tristeza ter uma pessoa com deficiência na família. Tristeza é ter um ministro nos representando e ter uma fala tão infeliz como esta,” destacou.
A promotora de Justiça do Amapá, Fábia Nilci Santana de Souza, também criticou as declarações de Saldanha. “Foi muito infeliz a fala, quando ele mencionou que, aos pais, era muito cômodo encaminhar os filhos para uma clínica, para ficarem 6 ou 8 horas. Eu tenho um filho autista de 17 anos, ele sofre por isso, a família sofre. E não existe a família ficar feliz quando tem um filho com transtorno que sofre discriminação, sofre exclusão,” disse.

Crítica à Lei Romário

Durante a palestra, transmitida no canal do YouTube do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Saldanha criticou a Lei Romário, que instituiu critérios para que beneficiários de planos de saúde possam solicitar a cobertura de procedimentos não incluídos no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “Essa Lei 14.454, chamada de Lei Romário, porque o senador Romário foi indicado como relator. Não por acaso, mas ele tem um filho com problemas de cognição, uma filha, não sei bem… É uma lei que abriu, não fala em medicina baseada em evidência, ela fala o seguinte: se vier um laudo técnico, tem que conceder [tratamento],” explicou.
Saldanha também afirmou que “qualquer um” pode ter “fator de autismo”. “Então, crianças que estão dentro do espectro, Transtorno do Espectro Autista, que é uma abrangência, o autismo pode ser, qualquer um de nós pode ter um fator de autismo, qualquer um de nós, acredito que eu, deva ter também, mas é um espectro enorme e começaram a brotar clínicas de autismo.”
 
O autismo, segundo o Ministério da Saúde, é um problema no desenvolvimento neurológico que prejudica a organização de pensamentos, sentimentos e emoções. As características incluem dificuldade de comunicação, socialização e comportamento limitado e repetitivo. Os sinais de alerta surgem nos primeiros meses de vida, mas a confirmação do diagnóstico costuma ocorrer aos dois ou três anos de idade.

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