Brasil supera marca de mil casos de mpox em 2024

O Brasil enfrenta um aumento preocupante nos casos de mpox em 2024. Dados recentes do Ministério da Saúde revelam que, até o início de setembro, o país já contabilizou mais de mil casos da doença, ultrapassando o total registrado em todo o ano de 2022. São Paulo se destaca como o estado mais afetado, concentrando um terço dos casos nacionais. Homens entre 18 e 39 anos representam o grupo mais atingido pela doença, enquanto o Amapá e o Piauí se mantêm como os únicos estados sem registros de casos.
 
Até a primeira semana de setembro de 2024, o Brasil registrou 1.015 casos de mpox, entre confirmados e prováveis. Esse número supera os 853 casos notificados ao longo de 2022. Além disso, 426 casos seguem em investigação. O Ministério da Saúde divulgou esses dados em seu informe semanal, evidenciando a crescente preocupação com a disseminação da doença no país.
 
O Sudeste se confirma como a região com maior concentração de casos de mpox no Brasil, totalizando 80,9% (821) dos casos. São Paulo lidera com 533 casos (52,5%), seguido pelo Rio de Janeiro com 224 (22,1%), Minas Gerais com 56 (5,5%) e Bahia com 40 (3,9%). Em contraste, Amapá e Piauí se destacam como os únicos estados que ainda não registraram casos de mpox.
 
São Paulo também lidera o ranking de municípios com o maior número de casos, contabilizando 370 (36,5%). O Rio de Janeiro ocupa a segunda posição com 167 casos (16,5%), seguido por Belo Horizonte (43 casos ou 4,2%), Salvador (28 casos ou 2,8%) e Brasília (23 casos ou 2,3%). Dos 426 casos suspeitos em investigação no país, São Paulo concentra 39,7% (169 casos), reforçando a necessidade de atenção especial para o estado.
 
O perfil dos indivíduos afetados pela mpox no Brasil permanece consistente. Homens representam a maioria dos casos confirmados e prováveis (956 ou 94,2%), com maior prevalência na faixa etária de 18 a 39 anos (718 ou 70,7%). Até o momento, apenas um caso foi registrado em crianças menores de 4 anos, e nenhum caso foi confirmado em gestantes. Apesar da ausência de óbitos por mpox no Brasil em 2023 e da não detecção da nova variante 1b, a vigilância epidemiológica se mantém crucial para conter a disseminação da doença.

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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