O Brasil possui quase 12 milhões de habitantes vivendo em unidades de conservação, o que corresponde a 6% da população do país, de acordo com os dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (11). Essas unidades englobam diversas áreas, como florestas nacionais, áreas de proteção ambiental, reservas biológicas, entre outras, e são divididas em proteção integral e uso sustentável.
Dentro das 2.365 unidades de conservação do Brasil, 52% delas são inabitadas, conforme apontou o IBGE. A maioria dos 12 milhões de habitantes (99%) dessas unidades vive em áreas de uso sustentável, que possuem menos restrições à presença humana, como áreas de proteção ambiental e reservas extrativistas. Por outro lado, apenas 132 mil brasileiros residem em áreas de proteção integral, onde a presença de pessoas é mais controlada.
O Distrito Federal se destaca como a unidade da federação com a maior proporção de habitantes em áreas de proteção ambiental, totalizando 39% da população local vivendo nessas áreas. A Área de Proteção Ambiental do Planalto Central, que abrange também Goiás, é o local com a maior população entre todas as unidades de conservação do país, sendo onde está localizada Brasília.
O perfil racial dos moradores das unidades de conservação é mais diversificado em relação à média do país, com uma maior presença de pessoas negras e indígenas. Cerca de 51% são pardos, 36% brancos, 12% pretos e 1% indígenas. Além disso, há uma presença significativa de quilombolas, representando 2% dos habitantes das unidades de conservação, em comparação com 0,7% no restante do país.
As unidades de conservação se diferenciam em proteção integral e uso sustentável. As primeiras têm como foco a preservação ambiental e possuem restrições maiores à presença humana, incluindo Estações Ecológicas, Reservas Biológicas, Parques Nacionais, Monumentos Naturais e Refúgios de Vida Silvestre. Já as unidades de uso sustentável visam conciliar a conservação da natureza com a presença humana, com destaque para as Áreas de Proteção Ambiental e as Reservas Extrativistas, entre outras categorias.