Brasil vai buscar 2 milhões de doses da vacina de Oxford na Índia

Brazil's President Jair Bolsonaro shakes hands with India's Prime Minister Narendra Modi during his ceremonial reception at the forecourt of India's Rashtrapati Bhavan Presidential Palace in New Delhi, India, January 25, 2020. REUTERS/Altaf Hussain

Um avião sairá do Brasil ainda nesta quarta-feira, dia 13, para buscar 2 milhões de doses da vacina inglesa de Oxford, compradas do laboratório Serum, da Índia. As doses já devem chegar em solo nacional no dia 16 de janeiro, segundo informou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Jair Bolsonaro havia mandado carta para o primeiro-ministro indiano, Nerendra Modi, pedindo as doses, desde que não prejudicassem o plano de vacinação do país asiático.

Vale lembrar que a eficácia do imunizante que será trazido da Índia é de 70%, um valor superior ao apresentado pelo Instituto Butantan sobre seu imunizante, a CoronaVac, que teve 50% de eficácia global comprovada na fase de testes. A Fiocruz entregou o pedido de uso emergencial das doses indianas nesta sexta-feira, 8, mas a Anvisa afirmou que deve definir as autorizações emergenciais somente no próximo domingo, dia 17.

Também nesta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro, em tom de ironia, falou sobre os resultados da vacina chinesa: “Essa de 50% é uma boa?”, disse, cômico, em frente ao Palácio da Alvorada, para seus eleitores. “O que eu apanhei por causa disso… Agora estão vendo a verdade. Estou quatro meses apanhando por causa da vacina”, completou.

Apesar dos comentários, Bolsonaro reafirmou que o critério de compra dos imunizantes é a Anvisa. “Entre eu e a vacina tem a Anvisa. Não sou irresponsável. Não estou a fim de agradar quem quer que seja”, declarou, completando: “É a vacina que passar pela Anvisa. Seja qual for. Passou por lá…Já assinei um crédito de 20 bilhões (para comprar)”, garantiu o presidente brasileiro.

Para janeiro, após possível aprovação da vigilância, o Ministério da Saúde deve acumular 8 milhões de doses: 6 milhões da CoronaVac e os 2 milhões da vacina de Oxford/AstraZeneca.

Imagem: Altaf Hussain/Reuters

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