Um avião sairá do Brasil ainda nesta quarta-feira, dia 13, para buscar 2 milhões de doses da vacina inglesa de Oxford, compradas do laboratório Serum, da Índia. As doses já devem chegar em solo nacional no dia 16 de janeiro, segundo informou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Jair Bolsonaro havia mandado carta para o primeiro-ministro indiano, Nerendra Modi, pedindo as doses, desde que não prejudicassem o plano de vacinação do país asiático.
Vale lembrar que a eficácia do imunizante que será trazido da Índia é de 70%, um valor superior ao apresentado pelo Instituto Butantan sobre seu imunizante, a CoronaVac, que teve 50% de eficácia global comprovada na fase de testes. A Fiocruz entregou o pedido de uso emergencial das doses indianas nesta sexta-feira, 8, mas a Anvisa afirmou que deve definir as autorizações emergenciais somente no próximo domingo, dia 17.
Também nesta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro, em tom de ironia, falou sobre os resultados da vacina chinesa: “Essa de 50% é uma boa?”, disse, cômico, em frente ao Palácio da Alvorada, para seus eleitores. “O que eu apanhei por causa disso… Agora estão vendo a verdade. Estou quatro meses apanhando por causa da vacina”, completou.
Apesar dos comentários, Bolsonaro reafirmou que o critério de compra dos imunizantes é a Anvisa. “Entre eu e a vacina tem a Anvisa. Não sou irresponsável. Não estou a fim de agradar quem quer que seja”, declarou, completando: “É a vacina que passar pela Anvisa. Seja qual for. Passou por lá…Já assinei um crédito de 20 bilhões (para comprar)”, garantiu o presidente brasileiro.
Para janeiro, após possível aprovação da vigilância, o Ministério da Saúde deve acumular 8 milhões de doses: 6 milhões da CoronaVac e os 2 milhões da vacina de Oxford/AstraZeneca.
Imagem: Altaf Hussain/Reuters