Brasileira presa por tráfico de drogas recebe dura pena na Tailândia

O drama envolvendo a brasileira Mary Hellen Coelho Silva, de 22 anos, presa na Tailândia por tráfico internacional de drogas, no dia 14 de fevereiro, chegou ao fim. Depois de ganhar destaque nacional ao compartilhar o medo de ser condenada à pena de morte no país asiático, a jovem agora deve cumprir pena de 9 anos e seis meses de prisão. A sentença foi anunciada pela advogada da brasileira, Kaelly Cavoli Moreira, que disse ter sido informada sobre o resultado do julgamento, realizado nesta quarta-feira (11), por membros do Consulado Brasileiro.

“A defesa de Mary Hellen Coelho, brasileira detida na Tailândia, através desta nota informa que a brasileira já foi a julgamento perante as autoridades tailandesas e recebeu a pena de 9 anos e 6 meses de prisão, sendo divididos em dois anos por crime civil e 7 anos e seis meses por crime penal. Atualmente aguardamos a cópia dos documentos referentes ao processo para que possamos estruturar os próximos passos”, publicou a defensora da brasileira.

Além de Mary e outros dois brasileiros foram presos no aeroporto de Bangkok, capital da Tailândia, enquanto transportavam 15,5 kg de cocaína em três malas. A droga de alto valor foi avaliada pelas autoridades locais em R$ 7 milhões. Segundo a família da jovem que é natural de Pouso Alegre (MG), Mary nunca havia saído do país.

Pena

Para a advogada da jovem, parte da pena deve privar Mary apenas de direitos, e não de liberdade.

“O que a gente mais recebeu de pergunta é: Vai ser pena de morte? Vai ser perpétua? Enfim, e o que eu tenho a dizer para vocês hoje é: o mundo precisa ir na contramão de penas desumanas, a pena da Mary Hellen foi de aproximadamente 9 anos, sendo dois anos de pena civil, que não é penal. Sete anos inclusive são compatíveis como regime brasileiro. Hoje a minha alegria em particular é que é uma pena considerada possível, inclusive para o pedido de extradição”, concluiu Kaelly.

 

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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