Última atualização 11/05/2023 | 15:45
Uma planilha que mostra o pagamento feito aos jogadores envolvidos no esquema de manipulação de resultados de jogos de futebol foi obtida e divulgada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO). O documento mostra prints de um integrante de um grupo do WhatsApp enviando a tabela e pede que o apontado como líder do esquema, Bruno Lopez, “desse uma olhada com calma”.
Ao receber a planilha, Bruno conta que pagou mais dois jogadores e pediu para que o colega atualizasse a lista. O nome do integrante que enviou a planilha não é citado na lista de denunciadores, porém o processo descreve que ele participava do grupo de WhatsApp que organizava o plano.
Na planilha, os valores descritos são referentes aos dias 17 e 19 de setembro e 16 de outubro de 2022. Em negrito, a tabela específica que Bruno tirou R$ 65 mil “da carteira”.
O documento mostra que os valores totais pagos variam entre R$ 50 a R$ 80 mil. Já o “sinal”, feito antes das partidas, era de R$ 10 a R$ 50.
Confira abaixo os 10 atletas citados na planilha:
- Vitor Mendes;
- Nino Paraíba;
- Paulo Miranda;
- Leo Realpe;
- Jesus Trindade;
- Max Alves;
- Raphael Rodrigues;
- Sidcley Ferreira;
- Pedrinho;
- Sávio.
Relembre como a operação começou
A Operação Penalidade Máxima já fez buscas e apreensões nos endereços dos envolvidos. As investigações iniciaram no final de 2022, quando o volante Romário, do Vila Nova-GO, aceitou uma oferta de R$ 150 mil para cometer um pênalti no jogo contra o Sport, pela Série B do Campeonato Brasileiro. O jogador então recebeu um sinal de R$ 10 mil, e só teria os outros R$ 140 mil após a partida, com o pênalti cometido. À época, o presidente do time colorado, Hugo Jorge Bravo, que também é policial militar, investigou o caso e entregou as provas ao MP-GO.
Nota da defesa de Bruno Lopez na íntegra:
“De igual forma à primeira fase da operação, entendemos que, por se tratar de uma denúncia extensa, com diversos anexos oriundos dos elementos extraídos na investigação, é necessário muita cautela em qualquer comentário. Apesar de se tratarem de fatos novos, jogos diferentes daqueles que foram objeto de denúncia na primeira ação penal, o crime pelo qual Bruno se encontra acusado é exatamente o mesmo, mas por situações diferentes. Como de praxe, sempre com muito respeito ao trabalho do Ministério Público e do Poder Judiciário, as acusações serão formal e processualmente respondidas no momento oportuno.”