Após uma busca de 14 dias, envolvendo mais de 500 autoridades do estado da Pensilvânia, o brasileiro Danilo Cavalcante, de 34 anos, foi capturado na última quarta-feira, 13. Como método de sobrevivência, ele se alimentou principalmente de melancia e tomou água de um riacho próximo de onde estava, além de ter mudado a aparência com cortes de barba feitos com um barbeador roubado. Os planos de fuga do brasileiro envolviam roubar um carro e ir para o Canadá.
A fuga do brasileiro foi bem-sucedida, uma vez que no Tocantins, Danilo trabalhava como lavrador, por isso, conhecia bem a mata e como lidar com situações adversas. Além do conhecimento em se esconder na mata, Danilo invadiu uma casa e roubou uma mochila com pertences, que tinha um barbeador, o que possibilitou que mudasse de aparência, não podendo ser identificado pela foto dos cartazes espalhados para auxiliar nas buscas.
Segundo informações das autoridades norte-americanas, ele se alimentava de melancia, chegando inclusive a abrir uma com a cabeça, bebia água de um riacho próximo e cobria as próprias fezes para não ser localizado.
“Ele sobreviveu com uma melancia que encontrou em uma fazenda. Ele bebia água de riachos. Ele escondia as fezes sob folhas e vegetação para que os agentes não pudessem rastreá-lo. Ele era um homem desesperado”, informou o agente federal Robert Clark para a CNN.
Para garantir que ele não escape novamente, o brasileiro foi transferido para a prisão de segurança máxima, a Instituição Correcional Estadual Phoenix, no condado de Montgomery, na Pensilvânia.
Captura
O brasileiro Danilo Cavalcante, condenado a prisão perpétua que fugiu da cadeia dos Estados Unidos, foi recapturado pela polícia de Pensilvânia. A prisão foi anunciada no dia 13 de setembro.
As buscas duraram 14 dias e mobilizaram 500 agentes policiais. Mesmo assim, o foragido conseguiu caminhar 38 quilômetros e roubar uma van, além de trocar tiros com um morador. A polícia de Pensilvânia afirmou tê-lo visto pela última em South Coventry, no condado de Chester, vestindo calça azul e sem camisa.
“Nós o consideramos desesperado, o consideramos perigoso, toda a dinâmica confirma para nós que ele tem uma arma”, afirmou o tenente-coronel George Bivens, um dos policiais responsáveis pela operação de buscas.
As autoridades americanas, por meio da entrevista de Clark, afirmaram que as buscas demoraram devido a densa vegetação em que o brasileiro estava escondido. “Ele disse que, em três vezes, os agentes quase o pisaram. Três vezes. Isso apenas prova como a vegetação e a folhagem eram densas. Foi uma área imensa para procurar. Eu não acho que o público compreenda o quão difícil foi localizá-lo em condições de calor extremo”, explicou.
O local que o brasileiro estava escondido foi cercado e, ao perceber a presença dos policiais, Danilo tentou fugir rastejando com um fuzil, mas foi capturado com ajuda dos cachorros policiais. Segundo Bivens, ele tentou resistir, mas sofreu uma mordida na cabeça, sem necessidade de disparos por parte das autoridades. A ação durou cinco minutos. “Foi muito melhor termos soltado um cão de patrulha como esse e dominar o indivíduo, do que ter que usar força letal. Portanto, nossa preferência é sempre usar outros meios. Os cães desempenham um papel muito importante”, disse.