Brasileiro condenado à prisão perpétua nos EUA entra na lista vermelha da Interpol

O brasileiro que está foragido nos Estados Unidos (EUA), Danilo Cavalcante, entrou na lista vermelha da Interpol. O homem de 34 anos foi condenado à prisão perpétua por matar a ex-namorada.

Danilo está sendo procurado em uma operação envolvendo 400 policiais de diferentes esferas de governo, além de ajuda aérea por helicópteros e drones. O porta-voz da polícia relatou durante uma entrevista coletiva nesta segunda-feira, 11, que não há ninguém do governo brasileiro participando das buscas.

“Não temos nenhuma pessoa do governo brasileiro aqui, os promotores já conseguiram obter as informações que precisávamos sobre a vida dele (de Danilo) e pudemos usar essa informação”, disse o porta-voz George Bivens, coronel da polícia do estado.

As autoridades norte-americanas gravaram uma mensagem da mãe de Danilo e a polícia responsável por imigrantes ilegais no país prendeu a irmã do brasileiro, que estava nos EUA sem os documentos necessários.

Conforme informado pelas autoridades, no dia que o brasileiro fugiu ele estava em uma área de vegetação, mas os responsáveis entenderam que ele deixou a região e agora está em uma cidade. A área vegetal era muito densa, por isso seria mais difícil encontrar alguém, e os policiais tentaram cercá-la.

As autoridades disseram que o brasileiro encontrou um carro com a chave dentro e temem que ele encontre outro veículo. “Pedimos para que o público se familiarize com a foto, chequem os vídeos de câmera de segurança”, disseram.

Apesar de estar desaparecido, as autoridades acreditam que o brasileiro ainda está a Pensilvânia.

Recompensa

Para quem encontrar o brasileiro e fornecer informações sobre o paradeiro, as autoridades da Pensilvânia estão oferecendo uma recompensa de US$ 25 mil, que equivale a R$ 123 mil na cotação atual.

O novo valor para quem encontrar o brasileiro foi anunciado nesta segunda-feira, 11. Inicialmente, a recompensa era de US$ 10 mil.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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