Brasileiro deportado dos EUA busca vida melhor para família: ‘Coisas estão difíceis’ – Entrevista com corretor de imóveis de Goiás

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Brasileiro que beijou chão do aeroporto após ser deportado dos EUA diz que tinha se mudado para dar vida melhor aos filhos: ‘Coisas estão difíceis’
Natural de Goiás, César Justino contou que chegou aos Estados Unidos em outubro do ano passado. Em casa, César Justino pretende retomar sua carreira como corretor de imóveis.
Brasileiro deportado dos EUA diz que foi ao país tentar dar uma vida melhor aos filhos [https://s04.video.glbimg.com/x240/13329347.jpg]
Brasileiro deportado dos EUA diz que foi ao país tentar dar uma vida melhor aos filhos
César Diego Justino foi deportado dos Estados Unidos após passar quatro meses detido no país e chegou a beijar o chão ao desembarcar no Brasil na sexta-feira (7) – assista acima. Em entrevista ao DE [https://DE.DE.DE.DE.DE/DE/DE/], o corretor de imóveis afirmou que viajou para os EUA em busca de melhores condições de vida para a família, mas não conseguiu legalizar a situação no país e foi deportado.
“As coisas estão difíceis. Eu fui para tentar conquistar a vida aqui no Brasil, comprar as nossas casas, dar uma vida melhor para os nossos filhos. Minha esposa estava aqui, deixei eles aqui em Goiás. Então, foi muito difícil”, contou.
Natural de Goiás, César Justino contou que chegou aos Estados Unidos em outubro do ano passado, atravessando a fronteira pelo México. Ele se entregou às autoridades estadunidenses e iniciou um processo para regularizar a permanência no país, mas enfrentou dificuldades devido ao endurecimento das regras para pedidos de asilo.
“Eu fiquei quatro meses e cinco dias detido. Me deram uma fiança de US$ 5 mil para eu poder ficar, mas eu não consegui pagar no prazo. Como não paguei, o juiz decidiu me deportar”, contou.
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O corretor de imóveis explicou que a esposa e os filhos, de 2 e 10 anos, permaneceram em Jaraguá, no centro de Goiás. Agora, em casa, César Justino pretende retomar sua carreira como corretor de imóveis e faz um alerta àqueles que cogitam entrar ilegalmente nos Estados Unidos.
“Se tiver de ir, vá pela porta da frente. Consiga um visto. E vamos andar certo. Não vamos passar pelo México, é muito perigoso”, disse.
O goiano descreveu o período nos EUA como um dos momentos mais difíceis da vida dele. “Passa fome, passa frio. Pensa, se a gente está sozinho em um país distante. Sozinho. É muito triste. Muito triste mesmo”, desabafou.
VOO DE DEPORTADOS
César Justino veio no segundo voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos neste novo mandato de Donald Trump. O avião pousou no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, por volta das 21h40 de sexta-feira (7).
Ao todo, 111 deportados deixaram os EUA na sexta-feira rumo ao Brasil. Após uma parada em Fortaleza, 96 seguiram para Belo Horizonte em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB).
Os brasileiros que chegaram no voo foram recebidos por uma comitiva de recepção que contou com a presença de servidores da Prefeitura de Belo Horizonte, do Governo de Minas e da União, incluindo a Ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo.

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