Brasileiro morre na Europa e família faz vaquinha para trazer corpo de volta ao Brasil

O baiano Filiphe Soares Braga, de 29 anos, faleceu na última sexta-feira, 18, depois de ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) em Malta, no continente europeu.  Com isso, a família do gastrólogo tentar trazer o corpo dele de volta ao Brasil para que ele seja sepultado em Salvador. Para esse intuito, foi providenciada uma vaquinha virtual que pretende arrecadar R$ 60 mil.

Segundo os familiares, o jovem foi morar em Malta, país na Europa, com 500 mil habitantes, e tinha a vontade de conquistar novas chances de trabalho. Mas em 16 de agosto, Filiphe foi achado desacordado por um colega de apartamento. Ele chegou a ser levado para uma unidade de saúde, na qual ficou entubado por dois dias, e acabou não resistindo e a equipe médica confirmou a morte cerebral no dia 18.

O corpo do jovem foi liberado para a família, mas eles não possuem recursos para arcar com os custos e trazer ele de volta ao Brasil.

Ao portal G1 a prima de Filiphe, informou que o dinheiro arrecado será utilizado para contratar uma funerária da Europa, embalsamar o corpo e encaminhar a Bahia em uma urna hermeticamente fechada com as documentações necessárias. O Poder público do país de o prazo de até 31 de dezembro deste ano.

O Ministério das Relações Exteriores relatou que está a disposição para fornecer assistência aos familiares. A instituição não financia o translado de brasileiros mortos no exterior, mas oferece orientações gerais e cuida da expedição de documentos.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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