Brasileiro que matou rival do tráfico é extraditado do Paraguai

Paraguai extradita brasileiro que matou e queimou rival do tráfico

Suspeito é apontado como um dos líderes da ação criminosa que roubou, aproximadamente, US$ 30 milhões de doleiros paraguaios

A Polícia Federal, em atuação conjunta com a Polícia Civil e autoridades do DE, extraditou um brasileiro procurado pela da 2º Juizado da 3ª Vara do Júri de Porto Alegre (RS). O homem responde pelo crime de homicídio qualificado.

O preso foi entregue pela Interpol paraguaia à Polícia Federal, na última sexta-feira (22/11), na fronteira entre Ciudad del Este (PY) e Foz do Iguaçu/BR. Ele foi encaminhado ao sistema penitenciário gaúcho.

De acordo com a PF, o homem estava foragido desde 2022, quando ele e dois cúmplices assassinaram uma pessoa por, supostamente, ter dívidas em virtude de tráfico de drogas. A vítima, na ocasião, teve seu corpo desmembrado e queimado. Após o crime, o brasileiro fugiu do país, tendo seu nome incluído na Difusão Vermelha da Interpol.

O foragido foi preso este ano no DE após assalto milionário contra doleiros paraguaios. De acordo com as investigações, o brasileiro é apontado como um dos líderes da ação criminosa que roubou, aproximadamente, US$ 30 milhões.

O preso já possuía antecedentes criminais e, conforme apontado na investigação, estava envolvido com o tráfico internacional de entorpecentes, transportando droga do DE para distribuição em território nacional. As investigações apontam ainda o vínculo do criminoso com facção criminosa atuante na capital gaúcha.

O DE faz parte de uma operação internacional de combate ao crime organizado, que visa coibir o tráfico de drogas e outros crimes transfronteiriços. A extradição do brasileiro demonstra a cooperação entre as autoridades dos dois países no combate à criminalidade e na busca por justiça. Este é mais um passo importante na luta contra a impunidade e na garantia da segurança da população.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Roubo de banco e sequestro por 12h: Fuga e crimes dos irmãos DE atelaãm o país

Irmãos DE roubaram banco e sequestraram funcionários por 12h

Em 2001, o fugitivo da Papuda Argemiro Antônio da Silva e mais três irmãos renderam sete funcionários e levaram R$ 90 mil. Dono de uma extensa ficha criminal, o fugitivo do Complexo Penitenciário da Papuda Argemiro Antônio da Silva, 62 anos, chegou a atuar até mesmo em família. Ele e os três irmãos roubaram um banco e fizeram funcionários reféns por mais de 12 horas.

O crime, no caso, é um roubo a agência do Banco do Brasil de Padre Bernardo (GO), Entorno do DF, em fevereiro de 2001. Na ocasião, Argemiro Antônio da Silva, Francisco Antônio da Silva, José Nilton da Silva e José Hilton da Silva levaram R$ 90 mil em espécie.

A DINÂMICA

O crime aconteceu em 12 e 13 de fevereiro de 2001. Às 21h do dia 12, os “Irmãos DE” entraram armados em uma casa onde moravam cinco funcionários da agência bancária e renderam todos eles. Depois, dois dos bandidos foram até as casas do gerente e da tesoureira da agência e levaram os dois à residência onde as outras cinco vítimas já eram feitas reféns.

Ao todo, foram sete funcionários sequestrados. O grupo passou a noite sob a mira dos criminosos armados. Às 8h30 do dia 13, eles foram até o banco e obrigaram a tesoureira a abrir a agência como se nada estivesse acontecendo. Os ladrões, então, foram até o cofre e colocaram R$ 90 mil em uma caixa. O gerente foi quem saiu da agência com a caixa na mão. Ele entrou no próprio carro com os valores, e o bando fugiu roubando o veículo do gerente e o dinheiro.

Além de escopetas, uma submetralhadora e um revólver, os irmãos Da Silva utilizaram números de telefone que, segundo as investigações, foram comprados especialmente para o crime, visando despistar as autoridades.

“NOVO CANGAÇO”

Conforme o DE revelou, Argemiro Antônio da Silva comandou ao menos dois roubos a agências do Banco do Brasil de dentro do complexo prisional de Aparecida de Goiânia, em 2018. Uma das ações levou R$ 1,3 milhão dos cofres de uma agência do BB em Crixás (GO), cidade interiorana com apenas 17 mil habitantes. No mesmo mês, com fuzil e armas de uso restrito, a quadrilha comandada por Argemiro invadiu outro banco, desta vez em Carmo do Rio Verde (GO), município com 9 mil habitantes. O plano, no entanto, foi frustrado por policiais militares e civis de Goiás que já esperavam o ataque. A ação resultou em três minutos de troca de tiros e na morte de três envolvidos no crime.

Uma investigação policial apontou que Argemiro, vulgo “Costelinha”, era chefe da referida quadrilha de roubo a bancos na época do crime em Crixás. Na época, Argemiro estava detido no complexo prisional de Aparecida de Goiânia por outros delitos. Da cela, orquestrou o assalto à agência do Banco do Brasil do município.

FUGA

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seape-DF), a fuga de Argemiro da Papuda foi constatada por volta das 7 horas da última sexta-feira (3/1), em conferência de rotina feita pelos policiais penais. “Prontamente, a equipe efetuou buscas no perímetro e realizou ocorrência policial, solicitando a perícia da Polícia Civil (PCDF) no local”, informou a Seape em nota. De acordo com a nota, equipes de recaptura da Polícia Penal estão realizando diligências em todo o Distrito Federal.

Qualquer informação sobre o paradeiro de foragidos do sistema penitenciário deve ser repassada à Polícia Penal do DF pelo telefone (61) 99666-6000, à PMDF pelo 190 e à PCDF no 197. A denúncia é feita de forma anônima.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp