Novo voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos chega a Fortaleza
A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania Macaé Evaristo apresentou a nova logística em território nacional, que deixa de ter o apoio dos voos da Força Aérea Brasileira (FAB) e passa a encaminhar os brasileiros para a sua destinação final.
Um voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos chegou em Fortaleza no início da tarde deste sábado (21) por volta de 12h44. Ao todo, 114 brasileiros deportados estavam a bordo da aeronave (confira no vídeo acima).
Os repatriados chegam sob novo formato. A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania Macaé Evaristo apresentou o novo fluxo em território nacional, que deixa de ter o apoio dos voos da Força Aérea Brasileira (FAB) e passa a encaminhar os brasileiros para a sua destinação final.
Com a nova logística, parte dos repatriados deve ficar em um hotel em Fortaleza e ir ao destino final de ônibus ou voo comercial. O voo estava previsto para chegar às 8h, mas foi adiado para 10h20 e, por fim, 12h44.
Na chegada ao Brasil, os repatriados são recebidos por uma estrutura de acolhimento que inclui alimentação, kits de higiene pessoal e apoio psicossocial, além de acolhimento e deslocamento para suas residências por meio terrestre.
O Brasil já realizou dez operações de acolhimento, totalizando 892 pessoas repatriadas. A maioria dos deportados está na faixa etária de 18 a 49 anos (87,73%), sendo apenas 1,15% de pessoas idosas (acima de 60 anos), e 4,59% de crianças e adolescentes (entre 0 e 17 anos). Mais de 80% do total são homens, e somente 13,36% chegaram em núcleos familiares. As informações são do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
O estado que mais recebeu repatriados foi Minas Gerais, seguido de Rondônia, São Paulo, Goiás e Pará. Outros estados, como Espírito Santo, Rio de Janeiro, Ceará, Paraná, Mato Grosso, Distrito Federal e Santa Catarina também figuram como destino dos brasileiros que retornam dos Estados Unidos.
Grande parte dessas pessoas (26,05%) morou por períodos curtos (de menos que três meses até seis meses) nos Estados Unidos, e 80,32% tinham jornadas exaustivas de trabalho, de oito horas ou mais por dia, em contextos muitas vezes precarizados.
Ainda de acordo com o Ministério, aqui no Brasil 72,1% pretendem voltar a trabalhar; 19,57% querem estudar e trabalhar; e 5,81% devem apenas estudar.
Quase 75%, ao chegarem, foram para a casa de familiares ou amigos; 33,76% se encaminharam para uma casa própria ou alugada; 1,99% foram para algum abrigamento público; e 1,17% ficaram em hotel.
De acordo com o Ministério dos Direitos Humanos, a operação vai dar apoio logístico para repatriados até os seus estados e cidades de origem, além de contato com familiares e, quando necessário, oferta de acolhimento temporário.
Com isso, a chegada de brasileiros deportados dos Estados Unidos em Fortaleza tem sido um processo que envolve não apenas o deslocamento físico, mas também todo um apoio logístico e social para garantir uma reintegração adequada dessas pessoas à sociedade.