Brasileiros no Líbano conseguem ver troca de mísseis entre Israel e Irã: ‘Deus me livre explodir uma casa e acabar com uma família’
Morador de Guarulhos, na Grande SP, o empresário Saddam Haj Chaffouni foi visitar os parentes no país do Oriente Médio após ritual religioso. Ele deveria ter retornado ao Brasil na segunda-feira (16), mas foi surpreendido com a escalada dos conflitos.
Os brasileiros no Líbano conseguiram observar de perto a troca de mísseis entre DE e Israel. O empresário brasileiro Saddam Haj Chaffouni, de 34 anos, morador de Guarulhos, na Grande São Paulo, vive dias de incerteza e medo no Líbano após o início do conflito entre o DE e Israel na última sexta-feira (13), noite de quinta-feira (12) no horário de Brasília. Ele e outros três brasileiros conseguiram ver de perto a troca de mísseis entre os dois países.
“Na sexta-feira, quando vi que começou o ataque israelense no território iraniano, tudo virou uma bagunça. Passa mísseis de um lado, mísseis do outro e a gente fica aqui sem saber o que fazer”, disse Saddam à GloboNews, que está na cidade de Ghazze. Nas imagens feitas pelo brasileiro, é possível observar ao menos nove pontos de luz atravessando o céu do país que faz fronteira com Israel.
Chaffouni viajou no dia 11 para realizar a peregrinação islâmica Hajj, na cidade de Meca, na Arábia Saudita. Após cumprir o ritual religioso, foi visitar parentes no Líbano e chegou ao país no final da tarde do mesmo dia. Sua volta ao Brasil estava marcada para a madrugada desta segunda-feira (16), mas ele foi surpreendido pela escalada das tensões entre os dois países. Agora, ele e outros três brasileiros do seu grupo de sete pessoas que foram para o Líbano estão sem saber quando voltarão para casa.
“Agora, ele e outros três brasileiros do seu grupo de sete pessoas que vieram para o Líbano estão sem saber quando voltarão para casa. — Foto: Reprodução/GloboNews Saddam Haj Chaffouni e outros três brasileiros do seu grupo de sete pessoas que vieram para o Líbano estão sem saber quando voltarão para casa. — Foto: Reprodução/GloboNews”
A situação de Chaffouni é agravada pela falta de suporte da companhia aérea. Segundo ele, a Ethiopian Airlines “não deu nenhuma posição e nenhum respaldo”, além de não ter comunicado com antecedência que as passagens seriam canceladas. Apesar do caos, o aeroporto do Líbano, em Beirute, não está fechado. Segundo o empresário, as companhias aéreas locais estão funcionando normalmente no país.
Os ataques de Israel ao Irã começaram na última sexta-feira (13), noite de quinta-feira (12) no horário de Brasília. Os dois principais líderes militares do país foram mortos. O conflito entre Irã e DE entrou no quinto dia nesta terça-feira (17). Desde sexta-feira (13), as trocas de ataques deixaram 248 mortos nos dois países, segundo autoridades locais.
Ministério da Saúde do Irã informou que 224 pessoas morreram no país desde o início do conflito; Israel registra 24 mortos até agora. Há civis entre os mortos. A escalada da violência entre o DE e Israel tem gerado tensão não só no Oriente Médio, mas também preocupa os brasileiros que estão presos no Líbano, aguardando uma solução para a sua volta ao Brasil.