O Banco de Brasília, conhecido como BRB e controlado pelo governo do Distrito Federal, comemorou o recente acordo fechado para adquirir ativos do Banco Master. Essa negociação resultou em um aumento significativo no valor das ações do BRB, gerando entusiasmo entre os investidores. O CEO do BRB, Paulo Henrique Costa, destacou a importância estratégica dos ativos selecionados do Banco Master após meses de intensas negociações.
Embora o acordo tenha sido anunciado oficialmente na sexta-feira, ainda está sujeito à revisão do Banco Central, além de passar por um processo de diligência que poderá modificar o preço negociado de 2 bilhões de reais. A transação prevê o pagamento em até seis anos, conforme estabelecido pelo executivo responsável. A notícia desse acordo impulsionou as ações do BRB, mesmo diante da preocupação com a falta de aprovação regulatória antecipada.
O Banco Master, que seguia uma estratégia agressiva de crescimento baseada em certificados de depósito de alto rendimento e alocação significativa de capital em precatórios, viu-se diante de questões sobre o futuro de seus ativos remanescentes. O BRB, por sua vez, optou por escolher ativos estratégicos alinhados com sua atual estratégia de expansão de negócios e cliente, excluindo precatórios, direitos creditórios e fundos de investimento sem relação com seus planos de crescimento.
Essa seleção criteriosa resultou na exclusão de aproximadamente R$23 bilhões em ativos do acordo entre o BRB e o Banco Master, que estava em negociação desde o início do ano. Alguns desses ativos recusados pelo BRB despertaram interesse do BTG Pactual, conforme relatos de uma fonte próxima ao assunto. O BTG expressou sua disposição em analisar oportunidades de consolidação, desde que haja suporte regulatório.
O presidente do BRB, em entrevista, informou que a decisão de adquirir apenas ativos estratégicos foi essencial para concretizar o acordo. Ele ressaltou que o acionista controlador do Banco Master será responsável pelos 42% restantes dos ativos, sem dar detalhes sobre seus planos futuros. O BRB enviou as informações detalhadas ao Banco Central e aguarda a decisão do órgão, esperando uma aprovação prévia dentro do prazo estabelecido.
A relação entre o BRB e o Banco Master teve início no ano passado, quando o BRB comprou carteiras de crédito do banco privado. Posteriormente, o Banco Master manifestou interesse em uma parceria estratégica ou societária, o que culminou nas negociações atuais. O CEO do BRB enfatizou a complementaridade entre as operações de ambos os bancos e a importância dessa transação para futuras sinergias no mercado financeiro. Com isso, o BRB espera consolidar sua posição e expandir suas operações de forma sustentável.
