BRB contrata auditoria externa para investigar Compliance Zero: Presidente afastado e Banco Master sob escrutínio.

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O Banco de Brasília (BRB) anunciou que irá contratar uma auditoria externa para investigar os acontecimentos relacionados à operação Compliance Zero da Polícia Federal. Essa operação teve como alvo dirigentes do BRB e do Banco Master, culminando no afastamento do presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e na prisão de Daniel Vorcaro, proprietário do Master. O BRB reiterou seu compromisso com as melhores práticas de governança e transparência, afirmando que o conselho de administração continuará monitorando os desdobramentos dos fatos.

A ação da PF resultou no afastamento temporário de Paulo Henrique Costa da presidência do BRB por 60 dias, segundo ordem judicial. Enquanto isso, o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, foi preso durante a mesma operação. O Banco Central decretou a liquidação do Master, após ter barrado a compra deste pelo BRB em setembro. Antes da tentativa de aquisição, o BRB já havia adquirido parte das operações de crédito do grupo, o que se tornou alvo da investigação da PF.

Paulo Henrique Costa, afastado do cargo, se pronunciou sobre as questões levantadas, afirmando que as aquisições de carteiras são operações tradicionais do mercado financeiro e que o BRB tomou medidas para mitigar riscos e preservar a instituição. O governador do DF indicou Celso Eloi de Souza Cavalhero para assumir a presidência do BRB, sendo este servidor da Caixa Econômica Federal. O novo presidente indicado informou que está realizando os trâmites para assumir o cargo.

A investigação da PF também encontrou indícios de gestão fraudulenta por parte dos dirigentes do BRB. O MPF identificou a participação dos dirigentes na suposta fraude junto aos gestores do Banco Master, envolvendo valores expressivos. O BRB esclareceu que não foi alvo de bloqueio de bens na Operação Compliance Zero, conforme decisão da Justiça Federal, que ressaltou que a eventual responsabilidade de dirigentes não se confunde com a do BRB enquanto pessoa jurídica.

O BRB reiterou seu compromisso com a transparência e a legalidade, afirmando que não houve bloqueio de bens ou valores da instituição, sendo as medidas aplicadas exclusivamente a pessoas físicas investigadas e outras instituições mencionadas no processo. A contratação da auditoria externa visa esclarecer os fatos levantados pela operação Compliance Zero e demonstra a busca do banco por transparência e prestação de informações adequadas ao mercado e acionistas. O desdobramento desse caso continuará a ser acompanhado de perto pelas partes envolvidas.

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