Brecha em lei permite que Janja se candidate à Presidência em 2026

Brecha em lei pode permitir que Janja se candidate à Presidência em 2026

Uma brecha na lei que proíbe cônjuges de mandatórios disputarem eleições pode fazer com que Rosângela da Silva, a Janja, dispute o cargo à presidência em 2026. Descoberta foi feita por advogados próximos ao PT, partido do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva

De acordo com o artigo 14 da Constituição, é proibido que cônjuges e parentes de até segundo grau de titulares do executivo concorra à presidência nas mesmas jurisdição, a não ser em caso da própria reeleição. 

No entanto, a brecha encontrada permitiu que, em 2002, a ex-primeira dama do estado do Rio de Janeiro concorresse à sucessão do marido, Anthony Garotinho. Nesta eleição, Rosinha Garotinha ganhou a disputa pelo cargo de governadora do Estado. 

Na ocasião, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entendeu que a Constituição proibiria a candidatura caso o marido de Rosinha concorresse à eleição. Esta é a mesma analogia que pode ser usada caso Janja deseje concorrer pelo cargo nas próximas eleições presidenciais. 

Restam ainda dúvidas entre os advogados, já que o TSE poderia tomar decisões semelhantes no atual contexto. No entanto, a  composição do tribunal mudou muito, com mandatos temporários, e já se passaram mais de 20 anos desde que o entendimento foi tomado.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp