O Reino Unido terá que renegociar pelo menos 759 tratados internacionais em consequência da sua decisão de deixar a União Europeia (UE), segundo pesquisa divulgada hoje (1°) pelo jornal britânico Financial Times (FT).
Entre os tratados internacionais encontram-se 295 acordos bilaterais e multilaterais de comércio, 202 textos de regulação compartilhada que vão desde normativas antimonopólio até política de compartilhamento de dados. A informação é da agência Télam.
Também deverão ser revistos 69 acordos pesqueiros – que definirão o acesso a determinadas águas e cotas de captura–, 65 termos relativos a transporte – em sua maioria sobre aviação –, 49 aduaneiros, 45 do setor de energia nuclear e 34 sobre agricultura.
“O precedente mais próximo que se pode pensar é a suspensão de um país. Vai-se começar praticamente do zero. Será um processo difícil e repetitivo”, disse o advogado do governo britânico Andrew Hood ao FT. O jornal britânico destacou que alguns dos acordos “são tão essenciais que seria impensável operar sem eles”.
Entre outras questões, o governo britânico deverá refazer os acordos que permitem aos aviões de seu país fazer pousos e decolagens nos Estados Unidos, Canadá e Israel, além de revisar os acordos internacionais que permitem importar componentes e combustível para a produção de energia;
O ministro britânico de Comércio Internacional, Liam Fox, afirmou que o governo prevê negociar acordos de transição para que as negociações de novos tratados internacionais não provoquem “nenhum rompimento” no Reino Unido.