Brexit: Londres terá que renegociar 759 tratados com a UE

O Reino Unido terá que renegociar pelo menos 759 tratados internacionais em consequência da sua decisão de deixar a União Europeia (UE), segundo pesquisa divulgada hoje (1°) pelo jornal britânico Financial Times (FT).

Entre os tratados internacionais encontram-se 295 acordos bilaterais e multilaterais de comércio, 202 textos de regulação compartilhada que vão desde normativas antimonopólio até política de compartilhamento de dados. A informação é da agência Télam.

Também deverão ser revistos 69 acordos pesqueiros – que definirão o acesso a determinadas águas e cotas de captura–, 65 termos relativos a transporte – em sua maioria sobre aviação –, 49 aduaneiros, 45 do setor de energia nuclear e 34 sobre agricultura.

“O precedente mais próximo que se pode pensar é a suspensão de um país. Vai-se começar praticamente do zero. Será um processo difícil e repetitivo”, disse o advogado do governo britânico Andrew Hood ao FT. O jornal britânico destacou que alguns dos acordos “são tão essenciais que seria impensável operar sem eles”.

Entre outras questões, o governo britânico deverá refazer os acordos que permitem aos aviões de seu país fazer pousos e decolagens nos Estados Unidos, Canadá e Israel, além de revisar os acordos internacionais que permitem importar componentes e combustível para a produção de energia;

O ministro britânico de Comércio Internacional, Liam Fox, afirmou que o governo prevê negociar acordos de transição para que as negociações de novos tratados internacionais não provoquem “nenhum rompimento” no Reino Unido.

Fonte: Agência Brasil

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp