BRF é liberada para retomar na unidade de Mineiros

O ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) liberou a unidade da BRF em Mineiros, na região sudoeste de Goiás, que estava interditada desde a deflagração da Operação Carne Fraca, para retomar o abate de frangos e perus. O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Eduardo Pacifici Rangel, confirmou ao G1 que a autorização ocorreu após a análise do plano de ação apresentado pela empresa.

“Recebemos as informações da unidade sobre as medidas que foram tomadas e, na noite de sexta-feira [7], houve a liberação. Foi confirmado que não há riscos e o abate de frangos e perus já pode ser retomado normalmente a partir deste sábado [8]”, ressaltou Rangel, por telefone.

A assessoria de imprensa da BRF confirmou que “foi autorizada a retomar as atividades em sua unidade de Mineiros (GO). Os trabalhos devem ser reiniciados nos próximos dias”.

A unidade de Mineiros foi interditada logo após a deflagração da Operação Carne Fraca, no dia 17 de março deste ano. Segundo a empresa, na cidade, eram abatidos em média 115 mil frangos e 25 mil perus por dia.

Por conta da interdição, a empresa obteve uma autorização junto ao Serviço de Inspeção Federal (SIF), ligado Mapa, e iniciou, no dia 23 de março, a transferência dos frangos que estavam na fábrica para serem abatidos na unidade de Rio Verde, também no sudoeste de Goiás.

Já os perus, que estavam em condições de abate, ficaram represados nas granjas da cidade até a liberação para transferência para a unidade de Uberlândia, em Minas Gerais, que só começou a ser feita na última quarta-feira (5).

Interdição da fábrica

De acordo com as investigações da Polícia Federal, a unidade da BRF em Mineiros, que é focada na produção de carnes de aves, estava contaminada pela bactéria salmonela e mesmo assim continuou exportando carne para a Europa.

Sobre as acusações, a BRF já havia informado, em nota, que “existem cerca de 2.600 tipos de Salmonella, bactéria comum em produtos alimentícios de origem animal ou vegetal”. Ainda conforme o texto, “todos os tipos são facilmente eliminados com o cozimento adequado dos alimentos”.

Além disso, a companhia afirmou que “a BRF não incorreu em nenhuma irregularidade”, já que “o tipo de Salmonella encontrado em alguns lotes desses quatro contêineres é o Salmonella Saint Paul, que é tolerado pela legislação europeia para carnes in natura”.

A companhia reiterou que cumpre as normas e regulamentos referentes à produção e comercialização de seus produtos, possui rigorosos processos e controles e não compactua com práticas ilícitas. A empresa ainda “assegura a qualidade e a segurança de seus produtos e garantiu que não há nenhum risco para seus consumidores, seja no Brasil ou nos mais de 150 países em que atua”.

Sobre a interdição, a assessoria da BRF também já havia informado que ela ocorreu até que a empresa passasse as informações sobre a segurança e a qualidade dos produtos. A companhia informou, ainda, que está colaborando com as autoridades para o esclarecimento dos fatos.

Fonte: G1

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Black Friday 2024: Dicas e precauções para compras seguras e econômicas

A Black Friday, um dos maiores eventos do calendário varejista, ocorrerá no dia 29 de novembro de 2024, mas as promoções já começaram a ser realizadas ao longo do mês. Em Goiânia, um levantamento da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) indica que este período deve movimentar R$ 250 milhões, com 64% dos entrevistados planejando aproveitar as ofertas.
 
Para evitar a prática conhecida como metade do dobro, quando comerciantes elevam consideravelmente os preços dos produtos antes da data e depois reduzem os valores, ludibriando a população, o Procon Goiás realiza um trabalho prévio de monitoramento de preços. A Lei Estadual 19.607/2017 também obriga os fornecedores a informar o histórico dos preços dos últimos 12 meses. De acordo com o superintendente do órgão, Marco Palmerston, “para evitar as falsas promoções, é preciso se programar com antecedência e pesquisar os preços”.
 
Uma dica valiosa é fazer uma lista do que realmente se pretende comprar e estipular um orçamento. Entrar em uma loja ou site durante a Black Friday é um apelo ao consumo, por isso é crucial ter cuidado. Além disso, é permitido que estabelecimentos pratiquem preços diferentes entre lojas físicas e online, justificada pelos custos operacionais distintos, como aluguel e salários, que impactam os preços nas lojas convencionais. No entanto, a transparência é essencial, e as informações sobre preços devem ser claras e acessíveis ao consumidor.
 
Durante a Black Friday, o volume de compras feitas pela internet aumenta significativamente. Por isso, é importante ter atenção redobrada. Sempre verifique a autenticidade da loja antes de inserir dados pessoais ou financeiros. Um dos primeiros passos é conferir se o site possui o ícone de cadeado ao lado da URL e o prefixo https, que garantem uma conexão segura. Outra orientação é checar a reputação da loja em sites como o Reclame Aqui ou em grupos de consumidores em redes sociais, onde os clientes costumam compartilhar experiências de compra.
 
Ao optar pelo PIX, confira os dados do destinatário e se a negociação envolve um CNPJ. O Código de Defesa do Consumidor garante ao comprador o direito de devolução por arrependimento em até 7 dias para compras online. No caso de produtos com defeito, estabelece prazos para reclamações: 30 dias para produtos ou serviços não duráveis e 90 dias para os duráveis, contados a partir da entrega ou conclusão do serviço. Além disso, evite clicar em anúncios enviados por e-mail ou mensagens de redes sociais que pareçam suspeitos, e sempre acesse os sites digitando o endereço diretamente no navegador, ao invés de seguir links desconhecidos.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos