Em Brasília, grupo de trabalho do Brics discute impactos da IA no trabalho
Encontro reúne representantes internacionais para abordar os impactos da transformação digital e justiça social
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, abriu na terça-feira (22), em Brasília, a etapa presencial da reunião técnica do Grupo de Trabalho sobre Emprego do Brics.
Encontro se estende até quinta-feira (24), e aprofunda as discussões iniciadas em fevereiro sobre os impactos da transformação digital e da inteligência artificial no mundo do trabalho, com foco na proteção social, na qualificação profissional e na transição para uma economia sustentável.
Na abertura da cerimônia, Marinho propôs um minuto de silêncio em homenagem ao papa Francisco, que morreu na última segunda-feira (21), aos 88 anos.
“O papa sempre defendeu os excluídos, com mensagens de fraternidade, solidariedade e respeito aos pobres de todo o mundo. Em respeito a todas as religiões, proponho essa homenagem pela sua missão de paz”, declarou o ministro.
Representantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT) também participaram do evento. Entre eles, Moustapha Kamal Gueye, coordenador do Programa de Empregos Verdes da OIT em Genebra, que reforçou a importância de políticas públicas com foco na justiça social.
“A transição justa não é apenas uma aspiração, mas uma necessidade. Precisamos de políticas públicas que maximizem as oportunidades econômicas e sociais, minimizem os impactos adversos e estejam alicerçadas em direitos fundamentais no trabalho”, afirmou.
Durante o encontro, o ministro destacou o avanço nas negociações do grupo para a construção de um capítulo dedicado à inteligência artificial.
“Esse avanço reflete o compromisso coletivo dos nossos países em enfrentar os desafios e oportunidades da transformação digital, sempre com foco no desenvolvimento sustentável e no bem-estar dos trabalhadores”, disse.
Marinho também enfatizou a necessidade da transição justa para uma economia mais sustentável.
“A transição não pode ser encarada apenas como uma estratégia econômica, mas como uma necessidade social. É fundamental garantir que essa mudança seja inclusiva, gerando empregos de qualidade e oferecendo proteção aos mais vulneráveis. Isso é essencial tanto para o presente quanto para o futuro do trabalho”, concluiu.