O prefeito de Goiânia, Iris Rezende, se reuniu nesta quinta-feira, 20, com a superintendente da Caixa Econômica Federal (CEF), Marise Fernandes, secretários municipais e representantes do consórcio responsável pelas obras do Bus Rapid Transit (BRT) Norte Sul de Goiânia para que obras do projeto sejam retomadas em caráter de urgência. A reunião ocorreu no Palácio das Campinas Venerando de Freitas Borges (Paço Municipal).
As obras do BRT foram paralisadas após suspensão do repasse de R$ 10 milhões por parte da CEF ao consórcio formado pelas empresas EPC e WGV. Durante coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, 20, no Paço Municipal, a superintendente da Caixa em Goiás, Marise Fernandes, garantiu que não houve determinação da Controladoria Geral da União (CGU) ou mesmo do Tribunal de Contas da União (TCU) para paralisar as obras. “Foram feitos apontamentos de preços de itens e materiais que estão acima e outros que estão abaixo do preço. Decidimos, neste contexto, suspender o repasse para análises. Ação é normal e comum em todo país”, explicou.
A superintendente disse, ainda, que a obra está orçada em R$ 240 milhões. Deste montante, 22% já foram repassados pelo Governo Federal via Ministério das Cidades e recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). “Rapidamente o prefeito Iris Rezende convocou as partes envolvidas e determinou o empenho de todos para solucionar o impasse”, destacou Marise Fernandes.
Para o titular da Secretaria Municipal de Governo (Segov), Samuel Almeida, o importante é frisar que o preço do contrato em si não está superfaturado. “Buscaremos um consenso com a empresa e os órgãos controladores federias [CGU e TCU] e cumpriremos a determinação do prefeito Iris de retomar a obra de forma urgente, uma vez que as frentes de trabalho não deveriam sequer ter sido paralisadas”, pontuou.
Durante toda manhã, técnicos das empresas EPC e WGV ficaram reunidos com os secretários Samuel Almeida, Fernando Cozzetti (Infraestrutura), Ana Vitória Caiado (Procuradoria-Geral do Município) e Juliano Bezerra (Controladoria Geral do Município) para acordarem sobre os apontamentos feitos pelo TCU e CGU.
Em maio, a gestão Iris Rezende retomou as obras após negociar uma dívida de R$ 15 milhões referentes à contrapartida do município com o consórcio da obra. A previsão é que dentro de dois anos os 21 quilômetros do projeto em Goiânia e os sete em Aparecida de Goiânia recebam mais de 120 mil usuários por dia, em 28 bairros. Dessa forma, a população terá acesso rápido às regiões Norte e Sul da Capital. Ao todo, o BRT irá oferecer veículos articulados, paradas em 39 plataformas e seis terminais de integração.