A tragédia ocorrida em Brumadinho, no estado de Minas Gerais, completa dois anos nesta segunda-feira, 25. Após o rompimento da barragem de rejeitos de minério de ferro da mina Córrego do Feijão se rompeu, 272 pessoas morreram. Dois anos depois da tragédia, a indenização aos familiares das vítimas e às demais pessoas afetadas pela tragédia ainda é um assunto pendente.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) abriu uma conciliação entre autoridades e a mineradora Vale. No entanto, até o momento nenhum acordo foi fechado. “É o momento de a Vale assumir sua responsabilidade, agir com dignidade e reparar os danos que foram causados aos mineiros ou demonstrar seu antagonismo com Minas Gerais e sua posição de inimiga dos mineiros”, criticou, em entrevista coletiva, o secretário-geral do governo mineiro, Mateus Simões.
Em nota, a Vale afirmou que já pagou cerca de 8.700 indenizações individuais. Para reparação do município, O Governo de Minas Gerais, o Ministério Público e a Defensoria Pública teriam pedido inicialmente uma indenização de R$ 54 bilhões, que foi reduzida para R$ 50 bilhões. No entanto, a mineradora estaria disposta a pagar R$ 29 bilhões.
ATO SIMBÓLICO
Nesta manhã, cerca de 30 pessoas fazem, na porta do TJ-MG, um ato simbólico em memória aos dois anos do rompimento da barragem. De acordo com os organizadores, o local foi escolhido para cobrar da Justiça mais agilidade no processo das indenizações às vítimas e reparações também ao município.
No Twitter, um “tuitaço” foi marcado para cobrar medidas das autoridades responsáveis e para relembrar a tragédia. Desde as 10h da manhã desta segunda-feira, diversas pessoas estão mobilizadas a levantar o assunto nas redes sociais.
“Já são dois anos do rompimento da barragem de Córrego do Feijão em Brumadinho. Dois anos de impunidade. Crime contra a vida e o meio ambiente”, escreveu um internauta na plataforma do Twitter.
“Não foi acidente, foi crime”, publicou outra pessoa envolvida no tuitaço. Por meio de relatos e lembranças do ocorrido, os internautas pedem justiça. “2 anos do crime ambiental da Vale no Brasil. E ainda estamos longe de uma responsabilização total por parte da empresa”, escreveu outra pessoa sensibilizada.
Se um acordo não for estabelecido entre a mineradora e as autoridades responsáveis até a próxima sexta-feira, 29, a conciliação será encerrada e o caso voltará à primeira instância da Justiça, em um caminho sem prazo para solução.
