Bruno Covas, prefeito de São Paulo, foi intubado e transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês, no centro de São Paulo, após uma descoberta de sangramento no estômago, na manhã desta segunda-feira (3).
A transferência para a UTI foi feita após um exame de endoscopia que verificou que o sangramento era causado por uma úlcera, em cima do tumor onde ele enfrenta o câncer na cárdia, que é a passagem do esôfago para o estômago. Segundo o médico David Uip, o sangramento foi controlado pela endoscopia.
Por causa de sua transferência para a UTI, as sessões de quimioterapia e imunoterapia foram suspensas pelos próximos dias. Segundo os médicos, esse tipo de sangramento não é desejável, mas faz parte do quadro de trabalho que o prefeito tem passado atualmente.
Covas foi internado na tarde deste domingo (2) para cuidar de efeitos do tratamento contra novos focos de câncer, através de sessões de imunoterapia e quimioterapia. Por causa de seu tratamento, o prefeito anunciou que ficará afastado do cargo durante 30 dias,
Em entrevista à rádio CBN, o médico David Uip, afirmou que Covas teve náuseas e vômitos no fim de semana e a equipe médica decidiu adiantar sua internação preventivamente.
“O prefeito teve sintomas neste fim de semana próprios de quem recebe tratamento quimioterápico e imunoterápico. Ele teve náuseas, perspectiva de vômitos. Então, nós optamos por interná-lo para anteciparmos exames e para também avaliar a possibilidade do segundo ciclo de químio e imunoterapia”, afirmou o médico.
Além disso, o médico também disse que novos focos de tumor foram encontrados na região osséa da bacia e da coluna.
“Aumentaram o número de tumores no fígado e em outros lugares. E apareceram em dois outros locais também: na bacia e na coluna. (…) Como é um tratamento muito poderoso, você sempre trata com a efetividade do tratamento versus o efeito colateral. Então, nós estamos muito atentos e preferimos que ele viesse para o hospital ontem mesmo por conta disso. De um lado para avaliar a efetividade do tratamento, de outro, para avaliar os efeitos colaterais desse tratamento”, declarou Uip.